Mulher de 26 anos é
enforcada no Irã por matar estuprador.
Mês
passado as autoridades iranianas intermediaram sem sucesso a tentativa de
conseguir o perdão da família do falecido.
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Reyhaneh Jabbari foi enforcada neste sábado por ter matado homem que a estuprou quando tinha apenas 19 anos |
As autoridades judiciais
do Irã enforcaram na madrugada desde sábado Reyhaneh Jabbari, a jovem de 26
anos condenada à morte por matar o homem que a estuprou, confirmou à Agência
EFE sua mãe, a atriz iraniana Shole Pakravan.
"Enforcaram minha
filha, enforcaram minha filha", dizia entre soluços.
No final de setembro, a
jovem, presa desde 2006, quando tinha 19 anos, foi transferida do centro
penitenciário, onde cumpria pena, para a prisão de Rajaishahr, perto de Teerã,
onde se realizam execuções.
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Página do Facebook fez homenagem à jovem que foi enforcada nesta manhã: "descanse em paz" |
Então, foram reativadas as
campanhas e os pedidos internacionais para evitar o enforcamento, que foi
suspenso temporariamente.
Organizações defensoras
dos direitos humanos, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, pediram
o cancelamento da sentença por considerar que o julgamento de Jabbari não
contou com as garantias necessárias.
A União Europeia também
pediu que as autoridades iranianas revogassem a decisão judicial e realizem um
novo processo.
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Página defendia a mulher e pedia assinaturas no Avaaz |
Mais de 240 mil pessoas
assinaram um abaixo-assinado no Avaaz para pedir a suspensão da execução
alegando que a jovem "atuou em defesa própria".
No Facebook há
diversas campanhas para apoiar sua causa, com páginas intituladas "Eu sou
Reyhaneh Jabbari" e "Salvemos a Reyhaneh Jabbari da execução no
Irã".
O relator especial da ONU
para os direitos humanos no Irã, Ahmed Shaheed, também pediu que a execução
fosse cancelada e um novo julgamento realizado, por entender que parte da
acusação se baseou em uma confissão foi obtida sob tortura.
Mês passado as autoridades
iranianas intermediaram sem sucesso a tentativa de conseguir o perdão da
família do falecido, que se negou a exercer esse direito, dado pela lei de
guesas (lei islâmica de "olho por olho", que exige o pagamento de
sangue com sangue) que impera no Irã.
"Quero que o direito
do sangue de meu pai seja cobrado o mais rápido possível", declarou à
Agência Efe há duas semanas Jalal Sarvandí, filho da vítima.
Segundo a versão da
condenada, o médico a contratou para ajudá-la a decorar seu escritório e a
levou a um edifício onde a estuprou, e ela se defendeu com uma pequena faca com
e o feriu no ombro, mas não o matou.
post: Marcelo Ferla
fonte: terra.com.br
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