Dia das crianças: Livro
apresenta contos folclóricos brasileiros para os pequenos.
A editora Nova Alexandria
apresenta uma sugestão de presente para o Dia das Crianças.
Mesmo na era digital que
oferece novos recursos aos pequenos, eles nunca deixarão de amar grandes
histórias. Pois, nada é capaz de diminuir a curiosidade e animação deles,
quando escutam a frase “Era uma vez".
Por isso, o livro
Urubu-rei e outros contos brasileiros da editora Nova Alexandria é um presente perfeito para o dia 12 de outubro.
Nele, são apresentadas as mais divertidas fábulas do folclore nacional além de
versões dos clássicos contos de fadas como "Maria Boralheira",
tornado a leitura muito divertida e valorizando a rica cultura nacional para as
crianças.
“O urubu-rei e outros
contos Brasileiros".
Obra de Marco Haurélio
reúne rico acervo com 22 contos regionais apurados em trabalho que durou cinco
anos.
O cordelista e
pesquisador da cultura popular brasileira Marco Haurélio, na tentativa
bem-sucedida de reunir contos populares recolhidos diretamente da memória
coletiva do brasileiro, deu origem ao livro O urubu-rei e outros contos do
Brasil, que chega agora pela Volta e Meia – selo infantil da editora Nova
Alexandria. São 22 histórias apuradas
entre 2005 e 2010, em um trabalho minucioso, que procura manter não só a
essência como a oralidade de tais narrativas.
A maior parte dos envolvidos no
projeto é do interior da Bahia, onde a caatinga abraça o cerrado. As primeiras
narrações se situam nos domínios da fábula, pois pertencem ao tempo em que os
bichos falavam. Outras histórias têm base no conhecimento religioso, como em
Adão e Eva, versão paralela ao relato bíblico do Gênesis. Neste, explica como
surgiu o pomo de Adão, o gorgomilo, a origem da agricultura e do extrativismo
vegetal.
Os contos de fadas também se fazem
presentes, a exemplo de O cavalo encantado e de Maria Borralheira, uma versão
muito bem “abrasileirada”, se assim podemos dizer, do clássico Cinderela, dos
irmãos Grimm. O autor considera que, “dentre tantas pedras preciosas do nosso
garimpo”, O Urubu-Rei, a versão baiana do Rei Lear é a mais valiosa delas.
“O nosso conto, no entanto, ameniza
o lado trágico da peça de Shakespeare, pois traz um príncipe enfeitiçado numa
ave de rapina das regiões tropicais, o urubu-rei (Sarcoramphus papa), que vem a
ser o salvador da heroína, expulsa e condenada à morte pelo pai por sua
sinceridade no relato de um sonho”, diz ele.
Para dar um “empurrãozinho”, o
Vocabulário tira a dúvida no caso de expressões como “de bucho”, que significa
grávida; “tirar tirão”, que na verdade nada mais é que divertir-se à custa do
outro. E sinônimos como “Cão”, referência ao Diabo; “Manga”, que ao invés da
fruta, refere-se ao pasto, entre outros.
Se essa obra, que une tantas outras
em um projeto único – em número e qualidade – é importante e essencial para o
público infantil, deve também ser tratada como obrigatória para todos aqueles
que desejam conhecer mais da cultura brasileira. São 87 páginas de uma leitura
curiosa e instigante, que por muitas vezes te permite ouvir a voz e velocidade
no discurso de cada narrador, já que Haurélio preocupou-se muito com essas
características.
O autor, por ele mesmo:
Nasci numa localidade chamada Ponta
da Serra, no sertão da Bahia, hoje pertencente ao município de Igaporã. Na
época em que nasci era parte do município de Riacho de Santana. A casa de minha
avó Luzia Josefina (1910-1983) era, como se dizia então, parede e meia com a de
meu pai. Sempre que podia, ia à sua procura para ouvi-la narrar as histórias fabulosas
que me transportavam para reinos distantes, habitados por heróis valorosos,
princesas encantadas e gigantes orgulhosos. E também para a leitura noturna dos
folhetos clássicos da literatura de cordel, como João Acaba-Mundo e a serpente
negra, de Minelvino Francisco Silva, e Juvenal e o dragão, de Leandro Gomes de
Barros. Desde os sete anos, passei a anotar essas histórias, ao mesmo tempo em
que já escrevia meus primeiros folhetos de cordel.
Passou o tempo, cursei Letras
Vernáculas na Universidade do Estado da Bahia em Caetité e, já no final do
curso, inspirado pelos poderosos exemplos de Luís da Câmara Cascudo e Sílvio
Romero, resolvi reunir em uma ou em várias publicações a rica tradição oral da
região. Foi um trabalho árduo, mas reconfortante, pois, a cada história gravada
ou anotada, estabelecia-se um vínculo de amizade com o narrador, e a certeza de
que, aqui e ali, eu garimpava algumas pedras preciosas. O trabalho, iniciado em
2005 e jamais interrompido desde então, resultou em vários livros que incluem a
contística e a poesia popular (cancioneiro). Algumas joias deste garimpo, que,
mesmo lapidadas, não escondem as marcas da oralidade, compõem este livro.
Outras foram recriadas em cordel e, misturadas às minhas memórias afetivas, ajudam
a compor parte de minha trajetória como poeta cordelista e pesquisador da
cultura popular brasileira.
Ficha Técnica:
Tamanho: 14X21cm
Páginas: 96
ISBN: 9788565746335
Preço de capa: R$ 25,00
Mais informações:
Barbara Ataide - barbara@liliancomunica.com.br
fonte: Editora Nova Alexandria
post: Marcelo Ferla
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião.