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terça-feira, 22 de julho de 2014

Brasil desconhecido.



Justiça com as próprias mãos.
"A mais triste nação, na época mais podre, compõe-se de possíveis grupos de linchadores". Esta frase é um verso de Caetano Veloso, que, em 1990, indignado com uma onda de linchamentos no Brasil ainda subdesenvolvido, escreveu a canção "O c... do mundo".
Recorrendo ao fato linguístico de que a palavra ´c... ´ pode ser classificada como adjetivo ou substantivo comum, Veloso cantou que o Brasil , "c... do mundo" (periferia das potências e dos centros de decisão da política internacional), seria, pela frequência com que linchamentos acontecem por aqui, um ´c...´ (no pior sentido desse adjetivo esdrúxulo, sujo, fedido, péssimo, insuportável).
Um levantamento realizado em Porto Alegre, com 400 pessoas (ambos os sexos, idades entre 16 e 70 anos), pela empresa Segmento Pesquisas, revela dados assustadores sobre o que moradores da cidade pensam da ideia de "fazer justiça com as próprias mãos".
Dos entrevistados, 15,3% responderam que "a prática é aceitável"; outros 6,5% disseram que "esse agir é compreensível em função da impunidade". Menos mal que 78,3% acreditam no Estado de Direito e definem essa barbárie como "inaceitável".
Outros detalhes: a) a faixa etária a favor da estupidez é mais aceita (20,7%) dos 18 aos 24 anos; b) entre os que têm mais de 70 anos, o índice despenca para 3,2%; c) modo geral, os mais simpáticos ao linchamento são homens (16,1%.).
A lição que fica é que parte da população começa a externar sua inconformidade com a impunidade vigorante. E isso convida a sociedade - e especialmente legisladores e julgadores - à meditação.

Marcelo Ferla
fonte: Espaço Vital

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