Médicos Sem Fronteiras é
uma organização humanitária internacional independente e comprometida em levar
ajuda às pessoas que mais precisam sem discriminação de raça, religião ou
convicções políticas.
A organização foi criada
em 1971, na França, por jovens médicos e jornalistas, que atuaram como
voluntários no fim dos anos 60 em Biafra, na Nigéria. Enquanto a equipe médica
socorria vítimas em uma brutal guerra civil, o grupo percebeu as limitações da ajuda
humanitária internacional: a dificuldade de acesso ao local e os entraves
burocráticos e políticos faziam com que muitos se calassem frente aos fatos
observados.
MSF surge, então, como uma organização humanitária que associa
ajuda médica e sensibilização do público sobre o sofrimento de seus pacientes,
trazendo à luz realidades que não podem permanecer negligenciadas.
Em 1999, MSF
recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Hoje, mais de 34 mil
profissionais, de diferentes áreas e nacionalidades, compõem a organização.
Espalhados por mais de 70 países, eles atuam em contextos que envolvem
desastres naturais e humanos, conflitos, epidemias, desnutrição e exclusão do
acesso à saúde.
Atualmente, Médicos Sem
Fronteiras é a maior organização médico-humanitária não governamental do mundo.
Sua atuação é fundamentada nos princípios de independência, imparcialidade e
neutralidade.
Independência
Médicos Sem Fronteiras é
independente: não está atrelada a poderes políticos, militares, econômicos ou
religiosos e tem liberdade de ação, decidindo onde, como e quando atuar com
base em sua própria avaliação do contexto e das necessidades. Essa
independência de ação é garantida por sua independência financeira, já que, de
todo o financiamento de MSF, pelo menos 80% é proveniente de doações de
indivíduos e da iniciativa privada.
Imparcialidade
Médicos Sem Fronteiras
presta cuidados de saúde àqueles que mais precisam, sem discriminação de raça,
religião, nacionalidade ou convicção política. A organização define o público
que será priorizado com base, exclusivamente, na avaliação das necessidades de
saúde identificadas. A possibilidade de aliviar o sofrimento de indivíduos por
meio da ação médica é o que determina a norteia as atividades de Médicos Sem
Fronteiras.“
Neutralidade
Em situações de conflito,
MSF não toma partido.
A neutralidade é crucial para as equipes conseguirem
chegar a qualquer pessoa afetada, independentemente do lado do conflito em que
esteja. A neutralidade de MSF é possibilitada pela sua total independência
financeira de governos ou partes envolvidas em conflitos.
Médicos Sem Fronteiras
oferece cuidados de saúde a pessoas em necessidade de ajuda humanitária.
Conflitos armados, epidemias, catástrofes naturais, refugiados e deslocados
internos e desnutrição são os principais contextos nos quais a organização
atua. Tais situações pedem ajuda rápida, com atendimento médico especializado e
apoio logístico.
Além de oferecer cuidados
de saúde em situações de extrema urgência, as equipes da MSF também estão
presentes onde as populações sofrem com a falta de acesso à assistência médica.
Falhas crônicas no sistema de saúde local, como a escassez de instalações de
saúde, de profissionais qualificados e a inexistência da oferta de serviços
gratuitos para populações sem recursos financeiros, podem motivar a atuação da
MSF.
O trabalho de MSF envolve
uma grande variedade de atividades, desde a organização de campanhas de
vacinação até cirurgias de guerra.
MSF também procura unir-se
a grupos de pacientes para sensibilizar e, às vezes, pressionar os atores
envolvidos – órgãos e instituições internacionais e indústria farmacêutica –
para que as populações que mais precisam tenham acesso a medicamentos de
qualidade
Como organização que atua
de forma independente, neutra e imparcial, Médicos Sem Fronteiras determina, de
acordo com sua própria avaliação, onde, quando e como atuar. Um projeto pode
ser desencadeado pela existência de uma situação de crise que requer uma
resposta humanitária emergencial, pelo pedido de organizações internacionais,
de governos ou mesmo de outras organizações não governamentais ou ainda pela
identificação de uma demanda de saúde específica, com a qual a organização
considera que possa contribuir de forma relevante.
No local, profissionais de
MSF analisam, de acordo com o contexto, o número de pessoas afetadas, as
necessidades de saúde, as condições de vida, água e saneamento, o ambiente
político e a capacidade local de responder ao problema. Assim, a organização
toma a decisão de atuar ou não naquele país, determinando as prioridades e
compondo a equipe que entrará em ação e os recursos necessários para iniciar o
projeto.
Quando a atuação se dá em
resposta a uma emergência repentina, como uma catástrofe natural, ela pode ser
viabilizada entre 48 e 72 horas. Por trás da agilidade de MSF, está um sistema
de logística extremamente eficiente que envolve a padronização dos métodos de
trabalho, a manutenção de estoques permanentes e a experiência dos
profissionais.
Em 1980, a organização passou a utilizar kits personalizados e
adaptados para cada contexto, que são pré-embalados e prontos para viagem e
estão constantemente sendo aprimorados.
Os kits contêm medicamentos,
suprimentos e equipamentos básicos e atendem desde campanhas de vacinação até a
montagem de um hospital inflável.
Aguente firme, nós estamos chegando para ajudar.
Marcelo Ferla
fonte: Médicos sem Fronteiras
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