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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Cinema.

Filme "Serra Pelada" espelha na saga de dois amigos o sonho despertado pelo garimpo do Pará nos anos 1980
Longa com Juliano Cazarré, Júlio Andrade, Wagner Moura e Matheus Nachtergaele entra em cartaz nesta sexta
No auge da corrida do ouro que o Brasil viveu nos anos 1980, cerca de 100 mil garimpeiros formavam em Serra Pelada um formigueiro humano por entre escadas precárias percorridas com pesados sacos de lama às costas. A epopeia vivida no sul do Pará produziu imagens que correram o mundo, como o icônico registro em preto e branco realizado pelo fotógrafo Sebastião Salgado.
Em cartaz a partir desta sexta-feira nos cinemas, Serra Pelada joga luz sobre o episódio pelo caminho de dois amigos que para lá partiram em busca de riqueza. Em seu registro ficcional, o diretor Heitor Dhalia, coautor do roteiro com Vera Egito, convocou um time de grandes atores do cinema brasileiro: Juliano Cazarré, Júlio Andrade - que vivem os protagonistas, Juliano e Joaquim -, Wagner Moura e Matheus Nachtergaele.

Veja o trailer:


Amigos de infância, eles deixam São Paulo e se embrenham na Amazônia no embalo das notícias de que tem ouro brotando em Serra Pelada. Juliano faz o tipo vulcânico, sem rumo na vida e sem nada a perder. Joaquim é um professor que foi demitido e planeja juntar dinheiro para garantir o futuro da mulher e do filho que ela espera.
Essas duas personalidades distintas vão entrar em conflito no Eldorado verde e amarelo. Juliano, a força bruta, se impõe na região, fica milionário e entra na mira de poderosos locais, como o Coronel Carvalho (Nachtergaele), seu rival também pela posse de uma prostituta (Sophie Charlotte), e Lindo Rico (memorável composição de Moura), que faz o tipo psicopata dissimulado. Joaquim, a metade racional da dupla de novos ricos, acha que já ganharam o suficiente e quer voltar para casa, mas vira refém da ambição do amigo.
Diretor de O Cheiro do Ralo e À Deriva - e da malfadada experiência em Hollywood 12 Horas -, Dhalia é eficiente na recriação do cenário de faroeste que marcou a convivência de milhares de homens numa terra sem lei, movidos pela esperança de encontrar a pepita salvadora.
Mas o diretor patina na estrutura dramática que ergue a partir da narrativa em flashback claramente decalcada de Tropa de Elite, com elementos pinçados de Cidade de Deus, dois marcos recentes do cinema nacional. A estrutura leva a um desfecho que pode parecer contraditório à trajetória de seus protagonistas. Serra Pelada se impõe pela vigorosa atuação de Juliano Cazarré e Júlio Andrade, que costumam dar show quando ganham personagens vigorosos como esses garimpeiros.

A história em documentário

Na próxima sexta-feira, estreia nos cinemas Serra Pelada: A Lenda da Montanha de Ouro, documentário de Victor Lopes que investiga origens e consequências da corrida do ouro que se deu no Brasil na década de 1980. O diretor trabalhou por 10 anos no projeto, que traz imagens de arquivo e depoimentos de protagonistas que viveram os sonhos e as desgraças naquela imensa zona de garimpo. O documentário destaca os primeiros relatos da descoberta de ouro em Grota Rica, em um morro chamado Babilônia, no sul do Pará, entre julho e agosto de 1979, e segue até os dias de hoje, com o trabalho daqueles que ainda esperam encontrar a riqueza no lugar, transformado em lago pela ação das pás e picaretas.

Marcelo Ferla

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