Distante.
As análises já foram feitas. Realmente o Santos de Neymar e Ganso ficou muito aquém do que se esperava dos mágicos meninos da Vila Belmiro, não sentiu a bola nos pés e, estarrecido, viu o que é jogar bola. Como disse Neymar em coletiva cedida logo após o jogo:
"Hoje aprendemos a jogar futebol".
O retorno trouxe na bagagem do Santos um sentimento inicial de reflexão do que deve ser mudado em relação a filosofia do futebol do Santos e do Brasil como um todo, não somente para aquele, mas para todos os times e para a Seleção Brasileira, que deve ficar atenta ao que ocorreu.
Tudo por conta de ser o Barcelona um time de casa, formado em sua maioria, por jogadores extraordinários, espanhois ou não, que foram forjados nas categoria de base do time ao longo de trinta longos anos de fidelidade a filosofia da bola, fato este que não existe aqui e que faz com que a base de nosso futebol seja precária, demonstrando que certos conceitos devem ser repensados, a partir do ocorrido no Japão.
Nossa Seleção está carente, não vem apresentando bom futebol e não vem revelando grandes jogadores, novos craques, visto que já fomos mais frutíferos, muito mais.
Isso tudo demonstra uma lamentável estagnação geral, um engessamento no desenvolvimento do futebol brasileiro.
A prova final de tudo isto, vem com a confirmação da melhor fase das Seleções Européias, que estão jogando em nível muito mais elevado do que a nossa "Canarinho", sendo exemplos disto a Holanda, Alemanha e a atual Campeã do Mundo, Espanha, sendo esta última formada na sua base, justamente pelos jogadores espanhóis do Barcelona, como Iniesta e Xavi.
Há que se refletir e, principamente, mudar, agora, já.
P.S - Vocês sabem quais saõ os dizeres de uma placa que está a mais de 30 anos localizada antes da entrada de cada campo de treino existente no Complexo do Barcelona? Vos digo: "A bola é nossa".
Marcelo Ferla
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua opinião.