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terça-feira, 22 de março de 2011

Opinião do Blogueiro



Não sou um homem que defende a violência em resposta a violência, acho que o caminho não é por aí. 

O fato de você estar sofrendo ou ter sofrido qualquer tipo violência, seja ela de natureza psicológica ou física ou ainda, presenciar e passar pelo sofrimento da perda de um ente querido em decorrência do ato violência, não justifica, aos olhos da lei, que você, vítima ou parente de vítima, faça justiça com as próprias mãos, mesmo que esta seja a reação que todos temos, sem excessões.

É claro que a reação das pessoas e, talvez até a minha reação, seria de total revolta, a ponto de querer fazer o mesmo que foi feito comigo ou com alguém muito próximo de mim, tamanha a ignorância, violência e falta de motivos que um ser humano tem para agir da forma bárbara contra um dos seus, como costuma agir o agressor, levando muitas vezes a vítima a morte, o pior dos resultados.

Mas há uma excessão e, esta excessão, somente pode ser, na maior parte das vezes, comprendida por aqueles que sofrem a violência, principalmente quando esta perdura contra a vítima por muito tempo o que só agrava mais e mais a situação.

Assim como defendo que violência, preferencialmente, não se resolve com mais violência, defendo também que tudo, absolutamente tudo, para o ser humano tem um índice bem definido de tolerância. Por mais resistente e condicionado que este seja para tolerar algo, haverá um momento em que o ser humano pedirá arrego. 

Essa solicitação de encerramento, de parar, cessar com algo, ocorre sempre quando se atinge o limite máximo de tolerância de  uma determinada pessoa, e o interessante é que este varia, somos todos seres diferentes e, portanto com índices de tolerância diferentes.  

Quando isso ocorre é o sinal de que ela chegou até onde poderia chegar, agüentou tudo que podia ou até mais, muitas vezes em silêncio, com omissão, passividade, impotência, justamente pelo fato de ser vítima, ou seja, a princípio não possuí ela um perfil ruim a  ponto de agir como o seu agressor.

E é por isto, que a exemplo dos depoimentos que vocês verão agora, que estou do lado do magnifico Casey Heynes, o menino que desde a segunda série do primário sofria com o bulling na escola, até que um dia a coisa toda chegou ao seu limite pessoal de tolerância e Casey deu sua resposta.




Ao ver a entrevista confesso que não consegui assimilar as informações e o ocorrido com Casey de outra forma que não aquela que foi escolhida por Casey.  Acho que ele agiu corretamente.

Volto a reinterar que não sou a favor da violência, não sou a favor da proliferação de vídeos advindos  de celulares de adolescentes, onde aparecem estes mesmos se degladeiam aos tapas, chutes e puxões de cabelos, numa verdadeira rodinha ao melhor estilo de  "Clube da Luta".

Devo dizer ainda que não sou a favor disto, pois o final  da coisa toda pode ser ainda mais trágico, através da morte de uma das partes, por disparo de arma ou através de um revide futuro mais violento que o primeiro, uma vingança.

A linha de análise de ser correta ou não a atitude de Casey é muito tênue. Há quem seja contra e há quem seja a favor, principalmente pelo fato de ele ter sofrido por tanto tempo as humilhações que sofreu.

De minha parte, neste caso específico e somente neste, acho que Casey foi até onde conseguiu e simplesmente resolveu por um fim ao seu sofrimento, o que não faz, nem fará dele, um ser violento e estúpido como o seu agressor que  desta vez se deu mal.


Marcelo Ferla

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