Vocês sabem o que José Sarney e Hosni Mubarak tem em comum?
Respondo-lhes. Ambos não estão nem um pouco afim de sair do poder e, pior do que isto, para o nosso azar, José Sarney leva grande vantagem na disputa quando se fala em manutenção de poder ao ser comparado com o ditador egípcio.
O primeiro, acima, enfrenta uma crise política severa. Disse hoje em entrevista de cerca de 20 minutos à repórter da ABC Christiane Amanpour, que está cansado de ser dirigente, mas ao mesmo tempo diz que não quer sair do poder vendo o seu Egito desta forma, ou seja, nada está definido por lá.
Prova disto se dá pelo fato de a imprensa estar sendo expulsa das pirâmides, a violência continuar descontrolada e, a praça Tharir, que em egípicio significa liberdade, ter virado praça de guerra entre militantes pró e contra o ditador , desencadeando tumulto, seguido de pancadaria sem qualquer intervenção das forças armadas ou polícia local.
Já por aqui, José Sarney, o Coronel do Maranhão, que manda prender e soltar no estado, apesar de todos os escandalos ocorridos no ano passado, envolvendo sua prória pessoa e familiares, mesmo assim, conseguiu se manter no topo do Senado Federal, mandando em tudo também pelas bandas de lá.
Isso tudo por que nossa política nacional se encontra simbolizada por uma colcha de retalhos, ou seja, o rabo preso dos demais parlamentares de todos os escalões do poder, que devem algo ao PMDB e/ou a um de seus comandantes, José Sarney, mantém este no seu in-devido lugar.
Ao que parece estamos vivendo um período ditatorial aqui também , em Brasília, mas a mídia local prefere mostrar crises políticas no exterior, nas terras dos faraós.
Portanto, nunca se esqueçam, o ditado popular que diz "manda quem pode, obedece quem tem juízo", nunca foi tão simbólico e resume tão bem o que vem ocorrendo por aqui, talvez não por lá, nas pirâmides, mas por aqui a certeza violentaos olhos e a inteligência alheia.
Marcelo Ferla
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