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sexta-feira, 21 de maio de 2010

2009 mais década de 60 = retrocesso





















24.11.09


2009 mais década de 60 = retrocesso


Podemos dizer que a década de 60, seguramente, não foi uma, foram duas décadas. A primeira, de 1960 a 1965, marcada por um sabor de inocência e até de lirismo nas manifestações sócio-culturais, e no âmbito da política é evidente o idealismo e o entusiasmo no espírito de luta do povo. A segunda, de 1966 a 1968 (porque 1969 já apresenta o estado de espírito que definiria os

anos 70), em um tom mais ácido, revela as experiências com drogas, a perda da inocência, a revolução sexual e os protestos juvenis contra a ameaça de endurecimento dos governos ou a ditadura, modo mais popular de se colocar tal ato político em voga na época.
 Podemos dizer também que a década de 60 foi um verdadeiro caldeirão de mudanças principalmente na área política da nossa querida América Latina e do nosso Brasil Varonil, através da ditadura. Caso alguns jovens menos informados não saibam o que realmente é ditadura, esta vem a ser o regime político em que o governante (ou grupo governante) não responde à lei, e/ou não tem legitimidade conferida pela escolha popular, algo boçal.

Devo avisar aos jovens e aos menos atentos que este conceito é o convencional, o escolar, e que nestes últimos anos, estamos vivenciando um outro tipo de ditadura, sendo esta, algo que trás consigo uma nova roupagem de ditadura, algo moderninho, dizem os usuários, mais mascarado, mas não menos intensa do que os antigos golpes militares, onde os mesmos eram e os atuais são, regados a atos violentos, repressivos, destruidores de famílias e fornecedor de peças humanas para o desaparecimento, o trauma, a dor da perda.

Vários são os motivos que me levam a escrever a respeito do assunto, mesmo eu, que não sou do tempo dos generais. Mas escrevo porque determinados acontecimentos vem caracterizando um quadro que a muito não se via nos países Latino Americanos, algo que não vi com meus próprios olhos, mas que meus avós viram, sofreram, e o pior, me dizem que será e ocorrerá o mesmo do que se deu naquela época.

Iniciamos com o atual, o recente, com o bonachão Manuel Zelaya, presidente de Honduras, deposto de seu cargo através de um golpe de estado arquitetado pelas forças armadas em união com a oposição local que tem a sua frente Roberto Micheletti, o golpista.

Zelaya, um latifundiário hondurenho, de bigode de fazer inveja a qualquer bagual de nossos pampas, era um presidente eleito pelo meio democrático, o voto popular, movimento que o fez se tornar o líder do Executivo daquele país, até que um belo dia a Branca de Neve (Zelaya) se deparou com a Bruxa Malvada (Hugo Chavez), presidente “ad eternum” da Venezuela que conquistou o seu povo através de medidas populistas e tentadoras para essa massa, um povo não muito privilegiado. Chaves, por sua vez, têm um cartel de medidas invejáveis em relação aos doidos de nossa história, fez plebiscitos, conquistou seu povo com medidas que pareciam tentadoras, fechou televisões que falavam mal de sua pessoa e governo, chamou os EUA de demônio moderno, Satã. Por conta desse Satã armou seu país, mudou sua constituição para se perpetuar no poder e por fim, dia desses, disse que seu povo precisava economizar luz, que deveriam usar lanternas para ir ao banheiro e até pediu recentemente que os venezuelanos parassem de cantar ao banho e que este deveria durar no máximo três minutos. Eis a Bruxa.

Quanto a Branca de Neve (Zelaya), esta ao contrário da fábula infantil, só não comeu a maça oferecida pela Bruxa Malvada (Chavez) como literalmente envenenou-se com esta e adorou tal ato suicida, tentando fazer o mesmo que a Bruxa fez e faz em seu país, provou do encanto e adorou o gosto.

Resultado do envenenamento com o consentimento da vítima: golpe de estado como não se via a mais de 20 anos e um homem ridiculamente retirado do palácio presidencial hondurenho, de pijama, sendo levado para fora de sua terra natal. O veneno? Vamos falar dele. Continha a tentação de tornar aquele que o ingeria, um populista que faria uma série de plebiscitos, até que, com o consentimento do seu povo, alterasse a Carta Magna daquele país, fazendo com que a Branca de Neve vivesse a exemplo da Bruxa Malvada, feliz para sempre no poder do seu reino encantado. Nada haver com a fábula, logicamente: Não deu certo.          

Bom, para recordarmos, até agora dentre os países latino-americanos, temos Cuba, claro, com os irmãos Fidel Castro e Raul Castro, depois, ditaduras postas recentemente, como a de Honduras e Venezuela, vindo logo atrás Bolívia, com seu Touro Sentado de touca de lã de lhama, Evo Morales.

Vale lembrar que em quase todos os exemplos, com exceção de Cuba, tivemos transições de um Estado governamental efetivado de forma pacífica, passando estes, em sua transição, por atos violentos, policiamento e exércitos nas ruas, ocorrência de mortes, crises econômicas, população revoltada por atos autoritários, toques de recolher, etc. Trocando em miúdos, passaram do ruim ao péssimo, pior impossível.

Atualmente, vejo mais cinco países que compõem este bloco, ao menos, que correm o risco de se tornarem membros desse grupo da morte, que até então era muito bem representado na mídia por outras bandas como Irã e Coréia do Norte, além de China, sendo esta última, já não tão dura assim como antigamente. Junto a estes, não esqueçam, por aqui, já temos Venezuela, Equador, Bolívia e Honduras.

Quantos aos cinco novos candidatos, diga-se de passagem, cada um ao seu modo, a sua forma, temos em primeiro lugar, o Paraguai, que teve recentemente os Ministros de suas três Forças Armadas substituídos, visto que o governo de seu Presidente über fértil Fernando Lugo, que passa por uma crise sem precedentes, notícia esta que circulou recentemente, e causou desconfiança, fazendo com que se criassem bolsões de idealistas dentro das Forças Armadas, todos querendo vê-lo no limbo, através de um golpe militar, conforme declaração do próprio.

Em segundo lugar, teríamos a Colômbia, cujo Presidente Álvaro Uribe, manifestou ao pé do ouvido de nosso Presidente Lula, em visita a São Paulo, que estava disposto a concorrer uma terceira vez, caso a Corte Constitucional de seu país autorizasse o famoso plebiscito (a maça envenenada) lembram?

Em terceiro lugar, sem o cometimento de plebiscitos ou de golpe militar já sofrido, vem o Uruguai, que na semana passada obteve uma decisão advinda de sua Corte Suprema a qual determina que a lei que regulava a anistia concedida aos militares criminosos durante a ditadura daquele país (1973-1985), é inconstitucional. Lendo esta notícia assim, passa a mesma a ser uma noticia e tanto, o que não me agradou é que quando perguntado aos Uruguaios o que estes acham desta decisão, os próprios dizem não saber se é a melhor alternativa, uma vez que tal decisão poderia gerar um novo período ditatorial no país. Legítimo exemplo de trauma pós-ditadura.

Em quarto lugar, temos nossos Hermanos Argentinos, que de certa forma vem revivendo o período de mordaças na imprensa local, uma vez que este ramo vem sofrendo golpes duríssimos do casal ternurinha Kirchner, agora casal horrorzinho, visto que a Presidente Cristina, vem retirando o direito de liberdade de imprensa e da Lei de Mídia de seu país, aplicando tal ato aos dois maiores jornais do país, o Clarin e o La Nacíon, proibindo a vinculação de noticias oposicionistas ao seu governo, coisa já feita pela Bruxa Malvada, lembram? O não menos ditador Hugo Chavez, que fechou emissoras de televisão, rádios, calando a todos que não concordavam com suas determinações e opiniões.

Por fim, e não de forma despropositada temos o nosso país, sim, não se surpreendam o Brasil, que não tem um presidente que deseja ficar no cargo por maior período de tempo já permitido em lei (08 anos), mas que de outra forma, criativa, mas não menos óbvia, quer permanecer no poder, colocando uma substituta em seu lugar, a Ministra Dilma, que levará ao povo brasileiro os mesmos pensamentos e governabilidade até então aplicados nestes oito anos no poder.

Há que realmente se impressionar com tamanha variação de formas e grau de criatividade que o meio político latino-americano utiliza para manter-se no poder, criando assim, algo completamente vicioso, o que é preocupante não só pelo nome “vicioso” em si, o que já é sinônimo de porcaria, mas pela comodidade, soberba, e poderes ilimitados que isso pode trazer aos seus representantes, na medida em que são, gradualmente, colocados no poder de forma vitalícia, de uma forma ou de outra, tornando-se assim, verdadeiros intocáveis, imutáveis e onipotentes, todos eles, cada um ao seu modo, uns com violência outros com sutileza, alguns com lapsos de esperteza, quase todos com brutalidade e todos sim com muita ambição. Há que se acordar e cuidar do que esta à frente de nossos olhos.

O chamado bloco de países “Latinos Americanos” é atualmente composto por 33 países. Com certeza não tenho conhecimento das condições políticas de todos, mas o que me preocupa por demais e vem ocorrendo em nosso continente, o qual faz parte deste bloco, não pode ocorrer novamente depois de tantos e tantos anos, ou, em caso contrário, teremos que nos recolher cedo para dentro de casa, nossos filhos não poderão usar roupas da moda, não terão longos cabelos, tudo isso sob pena de serem presos por subversão, desaparecerem e deixarem famílias destruídas para trás. O aviso está dado, o perigo está posto, cabe a nós, todos nós darmos um basta nisso.

Marcelo Ferla

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