Os
segredos do sarcófago
Tumba de quase 30 toneladas
encontrada em canteiro de obras pode trazer à luz mistérios da história egípcia
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LACRADA O caixão
encontrado em Alexandria: túmulo deve ser de um alto funcionário
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André Vargas
A descoberta de um sarcófago
de até 2,3 mil anos em um canteiro de obras na cidade egípcia de Alexandria
causa entusiasmo na comunidade científica.
Não se sabe ainda quem estaria
dentro da relíquia de pedra.
Encontrado a cinco metros de profundidade, o
caixão mede três metros de comprimento e dois de altura, foi construído com
esmero em granito negro e sua tampa pode pesar até 15 toneladas.
A descoberta
foi noticiada no domingo 1º, pelo jornal estatal Al-Ahram.
O sarcófago é o maior já
encontrado em Alexandria, cidade na costa do Mediterrâneo, na foz do Rio Nilo.
O que anima os arqueólogos é a presença de uma espessa camada de argamassa
selando a tampa do caixão, o que indicaria que os objetos e os restos mortais
em seu interior não foram violados, ao contrário de túmulos egípcios mais
antigos que acabaram saqueados.
Uma cabeça masculina de alabastro desgastada
foi encontrada durante a escavação.
A suspeita é que a peça represente o
ocupante do sarcófago.
Uma questão que ainda
intriga os arqueólogos é que a tumba pode ser menos egípcia do que se imagina.
Pelo estilo e local, tudo indica que ali jaz um alto funcionário do período
ptolomaico, iniciado no ano 303 a.C., após a invasão macedônia de Alexandre, o Grande,
e encerrado em 30 a.C, com a morte de Cleópatra e a anexação romana.
Alexandre
fundou a cidade, onde foi erguido o farol considerado uma das Sete Maravilhas
do Mundo Antigo.
Operação resgate
“Quando abrirmos, esperamos
encontrar objetos intactos, o que nos ajudará a identificar essa pessoa e sua
posição”, diz Ayman Ashmawy, do Ministério de Antiguidades.
O governo prepara
uma operação de engenharia para a abertura do sarcófago no local, já que seria
muito difícil mover o conjunto em segurança até um museu.
Especialistas em
mumificação e restauração devem ser convocados para evitar a deterioração das
peças e do corpo, que podem revelar mistérios.
post: Marcelo Ferla
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