Algumas
verdades sobre Fidel Castro
Grande líder?
Grande tirano!
Sentimo-nos impelidos a denunciar a declaração ambígua do senador Aécio Neves a
respeito de Fidel Castro, pintando-o como o herói de um sonho revolucionário.
Em memória de todas as vítimas da ditadura castrista, declaramos ser inaceitável
qualquer espécie de menção honrosa ao estado totalitário cubano.
O LIVRES se
opõe firmemente aos abusos de poder e violações de direitos humanos perpetradas
pelo regime cubano há mais de 50 anos.
Vamos a alguns fatos que a grande mídia
escondeu durante a cobertura da morte do ditador:
Perseguição implacável a
homossexuais
Em agosto de 2010, Fidel
Castro admitiu ao jornal mexicano La Jornada que seu governo perseguiu
homossexuais durante as décadas de 1960 e 1970.
Segundo o falecido ditador, na
época ele estava ocupado demais lidando com problemas do país para prestar atenção
no assunto.
“Tínhamos diante de nós problemas tão terríveis, questões de vida
ou morte, que não prestamos atenção suficiente a isso”, afirmou Castro.
É
valido esclarecer quais são os fatos que o governo cubano “ignorou” durante
tanto tempo: após a vitoria dos revolucionários, ser gay no país foi
considerado crime, oficialmente, até 1979; e demonstrar apoio público à
homossexualidade só deixou de ser proibido em 1997.
A partir do início dos anos
sessenta, o governo cubano prendia todos aqueles considerados homossexuais,
muitos dos quais eram enviados para campos de concentração onde eram obrigados
a cortar cana por horas a fio em uma jornada de trabalho desumana. “
Em um
desses campos havia um cartaz que dizia: ‘o trabalho os converterá em homens’
”, relembra o exilado Héctor Wilton.
Outro caso famoso é o do renomado escritor
Reinaldo Arenas, que após passar dois anos preso, teve seus livros censurados
pelo governo mesmo depois de liberto.
Nos dias de hoje, não se pode organizar
uma manifestação LGBT na ilha sem a autorização de Mariela Castro, diretora do
Centro Nacional de Educação Sexual (CENESEX) e filha de Raul Castro.
Criminalização das religiões
de origem africana
Diferente do que prega a
propaganda oficial cubana, o regime de Fidel Castro perseguiu os negros e
criminalizou a cultura africana no país.
Pouco tempo após tomar o poder, Castro
baniu o culto às religiões de origem africana e prendeu diversos dirigentes
religiosos, muitos dos quais foram executados por se recusarem a abandonar suas
práticas.
Em 1961, Fidel decretou o fim de mais de 500 organizações de cultura
africana, alegando que as mesmas disseminavam “racismo negro” pois a única cor
existente na ilha era a “cor cubana”.
Outro dado revoltante: os negros
representam cerca de 88% da população carcerária cubana, enquanto apenas 0,08%
do alto escalão governamental é composto por afrodescendentes.
Discriminação de cristãos
Outro grupo perseguido pela
ditadura cubana foram os cristãos.
Pouco tempo depois de decretar o ateísmo
como crença oficial, o governo Castro proibiu cristãos de se filiarem ao
Partido Comunista, assim como de exercerem profissões como filosofo, psicólogo
e professor.
Além disso, a produção e importação de Bíblias era proibida na
ilha desde 1969, fato que persistiu até alguns meses atrás.
“O governo colocou
muitos cristãos em campos de concentração denominados de Unidades Militares de
Apoyo a la Producción (UMAP)”, disse o pastor Mário Feliz Barroso.
Em outubro
passado, o pastor Juan Carlos Nuñez foi preso por realizar cultos considerados
“ilegais” pelo governo autoritário do país.
O patrimônio milionário de
Fidel Castro
Logo após a notícia de sua
morte, foi amplamente noticiado que Fidel Castro deixou um patrimônio avaliado
em mais de 900 milhões de dólares.
O ditador era proprietário de Caya Piedra,
ilha localizada ao sul de Cuba e que tem mais de dois quilômetros de extensão.
Além disso, Castro possuía um iate de luxo, o Aquarama II.
Em Havana, Fidel
morava em uma mansão de dois andares e cerca de 1.200 metros quadrados, localizada
em uma propriedade de 30 hectares, o que corresponde a 36 campos de futebol.
No
livro intitulado “A Vida Secreta de Fidel Castro”, seu ex-segurança, Juan
Reinaldo Sanchez, expõe em detalhes a vida de regalias que Castro levou.
Essas são só algumas das
muitas feridas deixadas pelo legado de Fidel Castro na história de Cuba e seus
habitantes.
Ainda poderíamos citar a supressão da liberdade de imprensa,
associação comercial e política com as FARC, o cerceamento da internet, os
milhares de mortos em paredões e tentativas de fuga da ilha, entre outras
obscuridades que fazem parte da herança sangrenta do ditador cubano; mas isso
não caberia somente um post.
Esperamos que Cuba consiga caminhar em direção ao
progresso e a redução da pobreza que aflige o país há tantas décadas, e que seu
povo alcance a tão sonhada LIBERDADE.
Marcel Horowitz é estudante
de jornalismo na PUCRS e colaborador do LIVRES RS.
texto: Marcel Horowitz
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