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quinta-feira, 19 de abril de 2018

No dia do Índio, lembramos Galdino.




Galdino Jesus dos Santos, líder indígena da etnia Pataxó, em um hospital em Brasília, após ser vítima de um crime bárbaro.
Galdino fora a Brasília juntamente com outras sete lideranças indígenas, para levar suas reivindicações acerca da recuperação da Terra Indígena Caramuru-Paraguaçu, em conflito fundiário com fazendeiros, aproveitando a ocasião das comemorações do Dia do Índio, em 1997. 
Participou de reuniões com o então presidente Fernando Henrique Cardoso e com outras autoridades, juntamente com representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 
Como chegou tarde das reuniões, não pôde entrar na pensão onde estava hospedado e resolveu dormir num abrigo de ponto de ônibus na Quadra 704 Sul.
Na madrugada de 20 de abril de 1997, cinco jovens da alta classe de Brasília atearam fogo em Galdino enquanto ele dormia. 
Galdino morreu horas depois em consequência das queimaduras.
Os criminosos disseram à imprensa que não tinham a intenção de matar o líder indígena. Segundo eles, atearam fogo pois "só queriam fazer uma brincadeira, achamos que era só um mendigo".
Alguns dos rapazes eram filhos de juízes e políticos. 
Pertencentes a famílias de grande poder aquisitivo e influência, desde a prisão os criminosos contaram com regalias a que nenhum outro preso comum tinha direito, como ficar de posse da chave da própria cela. 
Por motivos desconhecidos, a promotora responsável por acompanhar o processo pediu afastamento do caso pouco tempo antes do julgamento deles.
Pela gravidade do crime não teriam direito a determinados benefícios, mas, já no ano seguinte, receberam autorização para exercer funções administrativas em órgãos públicos. 
Três dos cinco rapazes chegaram a ser flagrados pela imprensa local se dirigindo em carro próprio até o presídio sem passar por qualquer tipo de revista, após namorar e ingerir bebida alcoólica em um bar.
Nos últimos anos, todos foram aprovados em concursos e quatro trabalham em órgãos da administração pública, inclusive na polícia.

post: Marcelo Ferla

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