Esta postagem que farei
aqui, poderia ser imaginada, talvez, na Finlândia, Dinamarca, Suécia, Canadá,
enfim, em países de primeiro mundo e com uma população, a princípio, mais para a frente.
Mas não se engane, você vai
se surpreender onde isto ocorreu.
Uma vitória muito importante
e pouco esperada.
Paquistão
terá primeira âncora de telejornal transgênero
Marvia Malik começou a
apresentar as notícias do canal Kohinoor News na sexta-feira e deseja ser uma
inspiração para outros transgêneros do país
Por Da redação
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Marvia Malik, a
paquistanesa de 21 anos que estreou como a primeira âncora transexual no canal
de televisão Kohinoor News (Twitter/Reprodução)
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Na última sexta-feira, o
Paquistão assistiu pela primeira vez uma transgênero apresentar um telejornal.
Depois de três meses de treinamento no canal privado Kohinoor News, Marvia
Malik realizou a sua estreia como âncora e afirmou que deseja ser uma
inspiração para outros transgêneros.
Em entrevista à rede
americana CNN, Marvia, de 21 anos, contou que não é aceita pela família e desde
os 15 teve de aprender a viver por conta própria.
Já realizou trabalhos como
modelo e se formou jornalista na Punjab University.
A sua decisão de concorrer à
vaga de âncora veio da vontade de provar à comunidade transgênero que eles “são
capazes de realizar qualquer trabalho e fazer o que quiserem”.
“Eu quero mostra
ao país que somos mais que objetos de chacota… que somos seres humanos”,
afirmou.
O diretor do canal, Bilal
Ashraf, chefe de Marvia, contou à rede americana que no dia do teste não
percebeu que ela era transgênero.
“Nós não vamos discriminar, todo mundo tem
sonhos e objetivos”, disse.
Este mês, o senado
paquistanês aprovou por unanimidade um projeto de lei que protege os direitos
da comunidade transgênero e estimula que as pessoas determinem seu próprio
gênero.
Em 2016, uma ativista trans morreu depois que demorou para receber
tratamento médico porque o hospital não soube se a colocava numa ala feminina
ou masculina.
De acordo com o senso de
2017, que pela primeira vez incluiu a comunidade trans nas pesquisas, há
aproximadamente 10.000 pessoas que se identificam como transgênero no país
sul-asiático.
Marvia conta que se
identificou como trans quando era bem jovem e sofreu a rejeição da família.
“Eu
quero que a próxima geração de jovens transgêneros olhe para mim como uma
inspiração para que eles possam ser aceitos e que possa haver oportunidades
para eles”, disse à CNN.
*grifos nossos
post: Marcelo Ferla
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