10
filmes biográficos que farão suas pernas tremerem.
Por Vanelli
Doratioto
Filmes biográficos são
geralmente marcantes.
Alguns ficam na gente como belas lições para a vida.
Nessa lista selecionei 10 cinebiografias que farão suas pernas tremerem.
Personalidades marcantes são desnudadas nos filmes a seguir com maestria.
Em
muitos deles é possível notar que o que sabemos sobre alguns ícones está muito
longe do que é literalmente vivido por eles e que ninguém está imune aos altos
e baixos da vida.
1- Oliver Sacks em “Tempo
de Despertar”, 1990
No Bronx em 1969, Malcolm
Sayer (Oliver Sacks na vida real) é um neurologista que consegue um emprego em
um hospital psiquiátrico.
Lá ele encontra vários pacientes que aparentemente
estão catatônicos, mas Sayer sente que eles estão só “adormecidos” e que se
forem medicados da maneira certa poderão ser despertados.
Assim ele chega à
conclusão de que a L-DOPA pode ser o medicamento ideal para eles.
Medicados,
eles apresentam claros sinais de melhora e se mostram ansiosos em recuperar o
tempo perdido.
Esse filme é fantástico.
A “Doença do Sono” foi uma doença
misteriosa que atingiu muitas pessoas durante a 1ª Guerra Mundial.
Os pacientes
ficavam não só paralisados, como também não envelheciam.
Tanto o filme, quanto
o livro, de mesmo nome, são memoráveis e imperdíveis.
2- Tina Turner em “Tina”,
1993
Anna Mae Bullock, Tina
Turner, nasceu em 1938 em Nutbush, Tennessee, e desde criança mostrava
inclinação para a música.
Abandonada pela mãe, Tina foi criada pela avó até
seus 16 anos, quando a mulher veio a falecer.
A partir de então ela foi morar
com a mãe em St. Louis.
Não demorou muito para que Tina começasse a cantar em
uma banda liderada por Ike Turner.
Os dois se envolvem então, têm um filho e se
casam no México.
Em 1960 ela já se chamava Tina Turner e, junto com Ike, fazia
muito sucesso, mas agredida sistematicamente pelo marido, Tina decide se
divorciar.
Tina fica sem um tostão, recomeça das cinzas e apesar de todas as
dificuldades se torna uma grande estrela da música.
Um filme encantador no qual
também conhecemos um pouco mais do lado espiritual da cantora que aderiu ao
budismo ainda jovem.
3- Antoine de
Saint-Exupery em “A Vida de Saint-Exupery”, 1996
Contrariando a vontade da
família o jovem Antoine torna-se piloto.
Em uma de suas viagens ele se apaixona
pela salvadorenha Consuelo, sua grande paixão, e sem demora os dois se casam.
Contudo, Consuelo não consegue conviver com as contínuas ausências do marido e
o aventureiro piloto (autor de ‘O Pequeno Príncipe’) vive dividido entre o amor
por sua “rosa” e a paixão pelo voo.
Muitos desconhecem que há muito de Antoine
nas histórias do pequeno príncipe.
A sua amada “rosa”, Consuelo de
Saint-Exupery, resolveu contar sua conturbada relação com o escritor em um
livro intitulado “Memórias da Rosa”.
Tanto o filme dirigido por Anand Tucker,
quanto o livro, valem muito a pena na medida em que mostram quem é a figura por
trás do enigmático e sensível Pequeno Príncipe.
4- Frida Kahlo em “Frida”
– 2002
O filme de Julie Taymor,
Frida (2002) é bastante fiel à biografia da pintora.
Nele Frida é uma mulher de
encantos atemporais.
A pintora mexicana viveu na década de XX, e nunca tentou
se encaixar nos padrões da sua época.
Ela teve poliomielite ainda quando criança,
o que lhe deixou com uma perna mais curta que a outra.
Na adolescência, sofreu
um grave acidente de bonde, o que lhe rendeu problemas permanentes.
Ainda
assim, Frida era Frida e foi quem e o que queria ser.
Teve um casamento aberto
e conturbado com o pintor Diego Rivera.
Viveu, sofreu, lutou, nos deixou sua
arte e a lição de que somos maiores que nossas dores.
5- Olga Benário em “Olga”,
2004
Olga, uma jovem alemã,
judia e militante do movimento comunista, contra a vontade dos pais, abandona o
conforto de casa para morar na Rússia.
Como integrante do partido comunista
recebe a missão de acompanhar Luís Carlos Prestes no retorno de navio ao
Brasil.
O casal precisava fingir estar em lua de mel, mas os dois se
apaixonaram de verdade e Olga engravidou em pouco tempo.
No Brasil Olga é
descoberta e enviada para um campo de concentração e Prestes preso.
O longa
narra o drama vivido por Olga no campo até a sua morte.
Sua filha Anita
Leocádia foi criada pela avó paterna e hoje é professora universitária e
historiadora germano-brasileira, doutora em Filosofia e Economia.
Um filme
biográfico marcante baseado no livro homônimo de Fernando Morais.
6- Maria Antonieta em
“Maria Antonieta”, 2006
Esse filme pode ser
considerado um clássico moderno.
Obra prima da diretora Sofia Copola, o filme
traz para as telas cores alegres e músicas atuais, que contrastam muito bem com
a atmosfera romântica do século XVIII.
O roteiro foi inspirado no livro da historiadora
inglesa Antonia Fraser intitulado “Maria Antonieta, a biografia”, que retrata
belamente a vida da esposa austríaca do enfadonho delfim Luís Augusto, até seu
triste fim na guilhotina francesa.
Todavia, não foi a intensão de Sofia dar
enfoque à morte de Maria Antonieta, mas sim exaltar sua vida repleta de
diversão.
Dessa forma, o clima divertido predomina nesse filme, com direito a
um irreverente “all star” em meio aos delicados sapatos de Maria Antonieta.
7- Coco Chanel em “Coco
antes de Chanel”, 2009
Trabalhando com moda a
partir dos anos 1910, Chanel construiu um império e revolucionou o pensamento
do século XX.
A estilista liberou as mulheres da silhueta conservadora, marcada
pelo corselete, e introduziu roupas inspiradas no vestuário masculino.
Uma
explicação simplificada, mas que dá o tom da influência de Coco.
Como o título
promete, o enredo enfoca nos anos que antecedem a fama da protagonista.
Quem
está ali, retratada por Audrey Tautou, não é uma poderosa estilista, mas, sim,
uma moça órfã e de família humilde, que costura de dia e canta em cabarés de
noite.
Um filme maravilhoso e inspirador de uma mulher muito à frente de seu
tempo.
Reparem na vestimenta escolhida por Coco, assim como a escolhida por seu
amante, na festa à fantasia que acontece no filme.
As escolham dizem muito
sobre os dois protagonistas.
8- Marilyn Monroe em “Sete
dias com Marilyn”, 2011
Michelle Williams vive
primorosamente Marilyn Monroe nesse filme, papel que lhe rendeu uma indicação
ao Oscar de Melhor Atriz.
“Sete dias com Marylin” foi inspirado no livro “Minha
semana com Marilyn”, escrito por Colin Clark, na época assistente de produção
do filme “O Príncipe Encantado” (1957) estrelado por Marilyn.
O filme deixa muito
claro que Marilyn, com seu jeito hora ousado, hora ingênuo, deixava os homens
ao seu redor loucos por ela.
Também percebemos no longa que a atriz precisava
de apoio psicológico e que seus sucessivos relacionamentos pareciam ser uma
válvula de escape para uma dor íntima não muito clara no longa.
9- Ernest Hemingway em
“Hemingway & Martha”, 2013
Estrelado por Nicole
Kidman e Clive Owen e dirigido por Philip Kaufman, Hemingway & Martha
reconta um dos maiores romances do século passado – o tórrido caso de amor e
tumultuado casamento entre o mestre literário Ernest Hemingway e a bela e
pioneira correspondente de guerra Martha Gellhorn (Kidman) – à medida que
acompanha as aventuras dos dois em meio a Guerra Civil Espanhola.
Como
testemunhas da história, eles cobriram todos os grandes conflitos da época
deles, mas a guerra à qual eles não sobreviveriam seria aquela travada entre
eles mesmos.
O filme também é estrelado pelo brasileiro Rodrigo Santoro.
10- Stephen Hawking em “A
Teoria de Tudo”, 2015
Baseado na história de
Stephen Hawking, o filme expõe como o astrofísico fez descobertas relevantes
para o mundo da ciência, inclusive relacionadas ao tempo.
Também retrata seu
romance com Jane Wilde, uma estudante de Cambridge que se tornou sua esposa.
Aos 21 anos de idade, Hawking descobriu que sofria de uma doença motora
degenerativa, mas isso não o impediu de se tornar um dos maiores cientistas da
atualidade.
Destaco aqui o romance entre Jane e Hawking, que mesmo sofrendo um
desgaste natural pelo tempo e circunstâncias, mostrou-se de uma delicadeza sem
igual, permeado de muito carinho e respeito. Filme lindo.
Atribuição da imagem:
pexels.com – CC0 Public Domain
post: Marcelo Ferla
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