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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Curiosidades.


Turismo de guerra: Londres relembra aniversário de bombardeios da II Guerra.
Turistas podem conhecer um pouco da história da Blitz, período de oito meses em que a Alemanha nazista bombardeou a Grã-Bretanha.
Por: Katie Engelhart, The New York Times.

No Museu da Força Aérea Real, visitantes podem entrar em um Spitfire, o avião pilotado pelos pilotos que enfrentaram a Luftwaffe.
Foto: Andy Haslam/The New York Times / NYTNS.
Começando no outono europeu de 1940, os pilotos da Luftwaffe alemã bombardearam Londres por 57 noites consecutivas. 
Foi no dia 7 de setembro que 348 bombardeiros alemães e 617 caças Messerschmitt apareceram nos céus da capital britânica e começaram a atacar a cidade com explosivos.
Nos meses que se seguiram, um grande número de londrinos horrorizados fugiu para a zona rural, mas muitos ficaram na cidade, enfrentando os ataques aéreos que destruíram grandes áreas e mataram 20 mil habitantes. 
Quando os abrigos de bomba ficavam lotados, milhares de pessoas passaram a se abrigar nas estações de metrô, dormindo nas plataformas de concreto, amontoados como sardinhas.
Neste mês de setembro é o 75º aniversário da Blitz (do alemão Blitzkrieg, ou "guerra relâmpago"), o período de oito meses em que a Alemanha nazista bombardeou a Grã-Bretanha. 
Agora, a indústria do turismo de Londres vai celebrar esse período em que a capital viveu sob ataque.
Hoje já existem vários passeios a pé ligados à Blitz. 
Em um domingo recente, várias dezenas de turistas se reuniram perto do Rio Tâmisa para o tour "Westminster em Guerra" (London Walks, 10 libras; www.walks.com), liderado por de cavalheiro de óculos que fazia as vezes de guia, pedindo com seriedade aos participantes para que "não se distraíssem", pois havia muito a ser visto.
O grupo seguiu em direção a Leicester Square, onde, em 1940, alguns londrinos mais abastados ignoravam as sirenes de ataque aéreo e passavam as noites dançando no Café de Paris (até que este também fosse atingido pela Blitz, destruído por uma bomba de 50 kg em março de 1941). 
Outra parada trouxe o grupo ao Hotel Savoy, onde alguns funcionários haviam sido demitidos no início da guerra porque eram italianos.
— Toda esta área foi reconstruída na década de 60, quando não tínhamos dinheiro nem gosto — explicou o guia.


Prédios modernos construídos em áreas bombardeadas durante a II Guerra. Fotos: Andy Haslam, The New York Times.
Várias exposições recentes mostram como inúmeros cidadãos britânicos vivenciaram a Blitz. 
No Museu da Força Aérea Real, visitantes podem entrar em um Spitfire, o avião pilotado pelos pilotos que enfrentaram a Luftwaffe (4 libras; www.rafmuseum.org.uk).
Uma exposição muito popular, que acabou em 31 de agosto, foi realizada no Museu Imperial da Guerra, deliciosamente intitulada Fashion on the Ration (moda durante o racionamento). 
Os objetos em exposição incluíam bolsas com um compartimento interno para máscaras de gás distribuídas pelo governo e cartazes que pediam que as mulheres cuidassem de sua aparência durante os ataques aéreos para que seu ar meio caído não minasse a moral dos homens.
Sabe-se que a guerra inspirou alguns dos maiores discursos do primeiro-ministro Winston Churchill, mas também solidificou seu legado de elegância. 
Uma imagem em exposição no museu de guerra mostrou o encontro dele com o General Dwight D. Eisenhower, vestido, surpreendentemente, com o que hoje chamaríamos de macacão, com um cinto em torno de sua ampla barriga. 
Ele popularizou os chamados "trajes da sirene" – peça única fechada com zíper –, uma roupa prática para o abrigo antiaéreo.
Se isso despertar a curiosidade com relação a Churchill, há também as salas do gabinete de guerra, o bunker fortificado que serviu de quartel general do primeiro-ministro durante a guerra (18 libras; www.iwm.org.uk).
Mas quem se interessa por História precisa estar ciente da tendência britânica de recordar a Blitz com certa nostalgia: não pelas bombas em si, mas pelo "espírito" que supostamente desenvolveram. 
Os guias de Londres estão empenhados em promover a noção de que um sentimento destemido e igualitário, no estilo "Estamos todos juntos", dominou esse período – descrição essa que as gerações mais recentes de historiadores afirmam ser romantizada.

Vista aérea atual do East End, uma das áreas mais atingidas pelos bombardeios alemães na II Guerra. Foto: Andy Haslam, The New York Times.
Com isso em mente, uma experiência completa deve incluir uma visita ao East End de Londres, o bairro industrial onde os bombardeiros alemães dedicaram seus maiores esforços e onde a ajuda do governo lamentavelmente era falha. 
Na verdade, essa região sofreu tanto que, quando o Palácio de Buckingham foi bombardeado em 13 de setembro, a Rainha Mãe disse ter ficado contente com o ataque porque queria que o fardo da Blitz fosse compartilhado. 
"Agora podemos encarar o East End", ela disse. 
Hoje, o legado da Blitz é visto em lugares como Wapping e o complexo Barbican, na ausência de casas vitorianas e nos inúmeros blocos de apartamentos do pós-guerra em estilo brutalista.
Quando os visitantes se cansam de andar, podem optar por dançar. 
O Bourne & Hollingsworth Group oferece regularmente a Blitz Party, onde, por 25 libras, os participantes podem experimentar "as noitadas do tempo da guerra" em um "autêntico abrigo antiaéreo", com sacos de areia, cortinas blackout, música no ritmo do swing e cardápio de coquetéis impressos em pequenas cadernetas de racionamento. (Os locais variam.) 
O uso de fantasia é obrigatório e levado a sério.
Porém, quem vive em Londres espera que a Blitz permaneça firmemente enterrada no passado. 
Em março, autoridades da cidade encontraram uma bomba da II Guerra que não explodiu em um centro de esportes no sul da cidade. 
Depois que foi desarmada, Lucas Green, vereador de Southwark, elogiou seus eleitores por sua compostura durante o incidente: 
"Esta área viveu a Blitz e sabe como se cuidar".

post: Marcelo Ferla

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