‘Escola de Princesas’ que
ensina etiqueta e tarefas domésticas levanta polêmica.
Belas, recatadas e do lar?
Aquela ideia antiquada de que as mulheres precisam seguir regras de etiqueta e
bom comportamento, além de serem responsáveis pelas tarefas domésticas, está de
volta aos holofotes brasileiros.
A escola abriu sua
primeira unidade em 2013, em Uberlândia (MG), e rapidamente se espalhou para
outras cidades mineiras, como Uberaba e Belo Horizonte.
Agora, se prepara para
abrir sua primeira unidade em São Paulo, no fim do mês.
Em reportagem publicada na
última quarta-feira (12), no Estadão, a psicopedagoga Nathalia de Mesquita
conta como fundou a escola e quais são seus principais ensinamentos.
O curso
tradicional tem três meses de duração e ensina meninas de quatro a 15 anos de
idade os valores de uma princesa (?) e como arrumar o cabelo, se maquiar e
organizar a casa, além das regras de etiqueta e culinária.
A decoração da escola não
poderia ser mais clichê.
O cor-de-rosa está em todas as paredes, mesas, móveis,
utensílios e uniformes, alternando com detalhes brancos e dourados.
A escola
não aceita meninos, mas a direção e os pais das alunas dizem defender direitos
igualitários entre os gêneros.
A pedagoga Lidiane de Melo
Nicurgo, mãe de uma das alunas, disse ao Estadão que acredita em papéis
diferentes para meninos e meninas, porque as mulheres, mesmo trabalhando fora,
ainda têm que desenvolver outras funções em casa.
Segundo ela, a mulher é
responsável pela maternidade, etiqueta, roupa de cama e comida para fazer.
Outra atribuição da Escola
de Princesas é ensinar sobre os “perigos” dos relacionamentos precoces, como
gravidez indesejada, doenças sexualmente transmissíveis e “consequências
sociais”.
De acordo com a dona da escola, as meninas devem evitar
relacionamentos cedo para não ficarem com a imagem maculada.
Em pleno 2016, você acha
que ainda cabe na sociedade esse tipo de educação?
post: Marcelo Ferla
Fotos: Reprodução/Vimeo
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