Adeus, gesso! Estudante cria
acessório que acelera cura de ossos quebrados.
Por
Redação
Se você já teve "a
sorte" de quebrar um braço ou perna, com certeza deve ter passado pela
experiência de ter o membro engessado por alguns dias ou semanas para que tudo
voltasse ao normal.
Há quem goste de colocar o gesso para deixar outras pessoas
rabiscarem, mas muita gente acha a sensação bastante incômoda.
Mas e se em vez
de gesso você usasse um acessório feito a partir de uma impressora 3D?
Esse é o
conceito do Cortex, um periférico de plástico que substitui o gesso tradicional
por uma cobertura braçal toda vazada que, além de ser mais leve e livre de
odores, dispensa todo aquele processo de engessar o braço e ainda permite que o
usuário fique com o membro reto, sem precisar dobrá-lo.
O projeto foi anunciado
em junho do ano passado por Jake Evill, estudante da Victoria University of
Wellington, na Nova Zelândia.
O molde é impresso em terceira dimensão a partir
de um raio X do osso quebrado do paciente.
O Cortex ainda não tem previsão para chegar ao
mercado porque ainda está em fase conceito.
No entanto, um novo protótipo
baseado na mesma ideia promete dispensar de vez o uso do gesso e de quebra
agilizar o processo de cura do osso danificado.
Trata-se do Osteoid, um
exoesqueleto semelhante ao Cortex e equipado com um dispositivo de ultra-som
que acelera a cicatrização.
As informações são do site The Verge. Desenvolvido
pelo estudante turco Deniz Karasahin, o Osteoid foi o projeto vencedor do
Prêmio A'Design 2014, competição voltada para novas ideias na área da impressão
3D.
Karasahin e sua equipe contam que o acessório é feito sob medida para cada
usuário, é resistente a água e pode ser projetado em várias cores diferentes.
"O objetivo é melhorar a experiência de todos quando o assunto é curar
membros quebrados ou fraturados, concentrando-se no conforto do paciente e no
tempo necessário para o corpo curar-se", dizem.
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Dispositivo
que emite pulsos de ultra-som ajuda na cicratização de ossos quebrados. (Foto:
Deniz Karasahin/A'Design Award).
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O sistema de aceleração de
cura do exoesqueleto é basicamente um sistema de baixa intensidade de pulsos de
ultra-som (LIPUS, na sigla em inglês).
De acordo com os
criadores, dois conectores são plugados em uma das aberturas do acessório para
ficar em contato direto com a pele na área lesada.
Feito isso, o usuário com
um osso quebrado precisa utilizar a braçadeira durante 20 minutos diários para
acelerar o processo de cura, que chega a ser reduzido em 38%, para fraturas
mais graves, e em até 80%, para as mais leves.
Para saber como está a
recuperação do membro danificado, basta olhar para o gerador de pulsos.
Segundo Karasahin, no
centro do dispositivo existe um mecanismo de luzes que orienta o usuário sobre
o estado do osso fraturado e do tempo de sessão dos pulsos de ultra-som.
Por exemplo, se o paciente
atingiu o tempo de 20 minutos de utilização do gadget, luzes começam a piscar e
mudar de cor, indicando que chegou a hora de encerrar a sessão.
Karasahin afirma que o
Osteoid levou quatro meses para ficar pronto.
O próximo passo é a
criação de um sistema de bloqueio que projete melhor o membro quebrado e
acelere ainda mais o processo de cicatrização.
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The
Osteoid: peça é feita sob medida em uma impressora 3D. (Foto: Deniz
Karasahin/A'Design Award).
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post: Marcelo Ferla
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