Após declarações de
procurador, jornal vê Platini em perigo.
A situação de Michel
Platini, atual presidente da Uefa (União das Federações Europeias de Futebol),
para concorrer à presidência da Fifa, está muito complicada.
Isso é o que
afirma o jornal francês "L’Equipe", que estampa o ex-craque em sua
capa nesta quarta-feira, sob o título: "Platini em perigo".
A postura pessimista em
relação ao dirigente é adotada depois da entrevista do procurador-geral da
Suíça, Michael Lauber, publicada pelos franceses nesta terça-feira.
O
procurador afirma que Platini é "testemunha e acusado" na
investigação sobre o pagamento de US$ 2 milhões (cerca de R$ 8,2 milhões) que o
francês recebeu de Joseph Blatter, presidente da Fifa, em 2011.
- Não fizemos
questionamentos ao Sr. Platini como uma testemunha. Estamos investigando-o,
algo entre testemunha e acusado - afirmou Lauber.
Por esta acusação, Platini
poderá ser investigado pelo Comitê de Ética da Fifa, podendo ser suspenso de
suas atividades relacionadas à entidade, além de perder o direito de concorrer
ao cargo de presidente da mesma, prevista para ocorrer em fevereiro do ano que
vem.
Platini é acusado de
receber a quantia em dinheiro do presidente da Fifa de forma irregular. Porém,
o francês afirma que o dinheiro foi referente a um trabalho prestado por ele à
entidade entre os anos de 1999 e 2000.
O dirigente não diz, porém, quais foram
estes serviços.
A Justiça suíça suspeita que o dinheiro teria sido um suborno
para que o francês desistisse de ser candidato à presidente da Fifa,
facilitando assim mais uma reeleição de Blatter.
O procurador-geral da Suíça
não quis comentar as justificativas de Platini para o caso.
- Se eu estou satisfeito
ou não [com as respostas de Platini), eu não posso dizer agora porque poderia
causar sério dano às investigações - disse Lauber, não descartando uma vistoria
na sede da Uefa, que fica em Nyon, também na Suíça:
- Eu farei qualquer coisa
para descobrir a verdade neste caso. E, se eu tiver elementos suficientes para
fazer isso, não deixarei de ir até lá.
post: Marcelo Ferla
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