“A paz é a única forma de
nos sentirmos realmente humanos.”.
Albert Einstein
Este mundo realmente está
virado de cabeça para baixo, mas não é só isso, alias, venho tendo dificuldades
de achar uma palavra pertencente á língua portuguesa que me satisfaça quando
tento expressar em letras o modo como está este mundo, não a encontro.
Digo isso eis que estamos
vivendo um momento em que as coisas não cessão, por mais que se faça para que
estas parem.
Abro o jornal e me deparo
com as coisas que vem ocorrendo aqui em nosso país. Fico tão espantado e
fadigado com a repetição de notícias que desanimo e vejo que já escrevi sobre o
que leio ao ponto de desistir de escrever um material para o “Bolada no saco”
que teria o título de “Dossiê 7.1”, uma alusão a goleada sofrida pela nossa
seleção contra a seleção alemã.
Faria uma pesquisa
profunda desde o início da Copa de 2014 tentando dar a minha opinião como
humilde escritor amador que sou e amante do futebol sobre o que ocorreu de
errado para que acontecesse tudo que aconteceu, mas murchei, definitivamente.
Como estava a desabafar abro
o jornal e vejo um mundo em caos, não só o Brasil, mas a Europa, o Oriente Médio,
a Ásia, África, tudo, não há escapatória, não há alívio.
Penso com meus botões que
não existem mais déspotas, ditadores, tiranos ou o que for, existem sim loucos,
insanos, pessoas que não se importam com absolutamente nada por ter ao lado
delas, pessoas que não as cobram a cerca do que estão fazendo. Mas ai me
diriam, é mesma coisa!! Não, hoje se tem
estratégias de mea-culpa, jogos de empurra, uma preocupação com as redes
sociais que não possuem fronteiras, se faz, mas se nega até a morte e com a
morte.
Folho o jornal mais um
pouco e lá está a manchete de que um avião civil fora derrubado por um míssil
terra-ar matando de imediato 298 pessoas, neste caso tudo ocorrido no conflito
entre Putin e Ucrânia.
A partir dai depois de
tudo isto, por ser um ouvinte e leitor interessado em relações entre povos,
vejo o silencio de uns povos em favor ou detrimento de outros, o apoio
histérico de uns em detrimento ou a favor de outros e assim se toca o barco, se
fica do lado mais firme da corda, e vejam, nada muda, são só manifestações, não
ações para sanar os problemas, os demais se posicionam dizendo ser contra ou a
favor, mas nada fazem a não ser assistir.
Esse é o tipo de tirania a
que me refiro a tirania que é movida por interesses que garantam coisas que a
cada dia são mais individualizadas e que são pensadas de forma mais profunda no
tempo do que antigamente, tudo estrategicamente pensado e planejado, muito
pensado e planejado, prova disto é que se tenta, caso não dê certo, simplesmente
se recua, se da certo se avança, se explora, se abusa, e se leva até onde o
grau de tolerância, que quase inexiste por descrença coletiva permite, assim,
posso dizer que tudo está sendo permitido, enquanto que deveria ser o contrário
neste caso, deveria se proibir mais, mas agindo, não votando, sancionando ou
assistindo o que não se sabe tratar-se de crimes de guerra ou não.
Os templários matavam por
Deus, os Astecas cortavam e rolavam cabeças pelas escadas por seus Deuses
pedindo chuva, boa colheita, coisas do tipo, os índios americanos e africanos
dançavam, isso tudo lá.
Hoje se mata por birra,
passo pela sensação de que alguns Chefes de Estado iniciam ou cometem certos atos
de modo que nossa sociedade as absorva de uma maneira metamórfica, visto que
são milhares de atos por todo o mundo, todos eles alicerçados em muita
violência e em teorias e mais teorias de quem lançou o míssil, quem chegou
primeiro a determinada terra conforme escrituras que estão virando pó e coisas
do tipo, e nós, nós não fazemos nada, a violência é da natureza do ser humano e
a cada vez mais ele impõe pela força o exercício desse caráter de sangue por sermos
todos “irmãos” da mesma árvore também desenvolvemos, tamanha é a quantidade de
atos dessa natureza a tolerância da ignorância, virando as costas para “os
problemas dos outros” e que para a maioria não traz lucro, vantagens, benesses.
Não temos mais condições
por meio da mídia de saber a verdade, e como se diz na máxima, “a verdade
termina na medida em que a guerra começa”, e ai outra diferença, a teia de
interesses aumentou e em muito em relação a tempos passados de nossa história,
a tecnologia e a globalização, concretizados pelos acordos internacionais faz
com que em tudo que diz respeito a isso se tenha o que se chama de interesse
próprio em detrimento dos demais. Coisas não podem ser ditas, outras devem ser
ditas, sendo que estas últimas são as que ficam nos anais de nossas mentes para
que, anos depois, sejam desmentidas, esquecidas, amenizadas, uma vez que na
medida em que o tempo passa, nós nos esquecemos das coisas, mais um efeito do
excesso de informação do nosso novo mundo. Não há e nunca houve verdade na
humanidade, não no sentido de combate.
O combate já é por si só o bastião final
de quem age como uma criança que quer determinado brinquedo a força, não há mais
guerras tão somente entre soldados, nunca houve, todos pagam, talvez muito mais
do que já se pagou em guerras anteriores, pois hoje temos potencial mundial de
destruir a bolinha azul que vivemos e que chamamos de Terra mais de não sei
quantas mil ou milhões de vezes num apertar de botão, bastando para isto que
tenhamos um insano, este sim a moda antiga para apertá-lo, basta que seja
louco, orgulhoso, egocêntrico, teimoso e mal perdedor, e convenhamos isso é
mais do que fácil de encontrar nos dias de hoje.
Discutimos por um lado que
os israelenses têm razão por estarem lutando contra um grupo dado como terrorista
pela maior parte dos países, o Hamas que para se fortalecer pode estar
recebendo apoio do Fatah.
Do outro lado, o Hamas diz que não quer nada mais do
que o seu pedaço de terra que lhe fora prometido pela ONU e depois retirado
deles por Israel. Este rebate dizendo que a morte de tantos civis, mais de
1600, sendo que os que mais chocam a opinião pública são as crianças palestinas
mortas dentro de escolas, ocorre porque o Hamas estoca seus armamentos em pontos
estratégicos com grande número de civis e as rebatidas não param e a matança
continua. que caíram em uma jogada de marketing feita pelo
Hamas no sentido deste último obrigar o primeiro a acertar locais onde estavam
pessoas, como eu e você e que querem viver em paz, gritando desesperadamente
que se não querem lhes dar ou retirar ou vice-versa um pedaço de terra conforme
o pó que já se foi que ao menos lhes deixem em paz e parem de matar os seus.
Por fim, alguns
especialistas dizem que os túneis feitos e que levam até o território
israelense, os mísseis e os morteiros lançados pelo Hamas, tudo isto junto, causa
o contra-ataque de Israel que possui um poder bélico enorme e que vem sendo
utilizado para a defesa de seu povo, o que causa a grande quantidade de
palestinos mortos, fez com que o grupo extremista desse um nó em marketing de
guerra no rival, chamando para o seu lado, independente de sua natureza
extremista a comoção do mundo com as imagens de civis mortos em toda parte pelos
ataques de Israel.
Agora toda imprensa e a
nossa diplomacia que fora ofendida por se manifestar contra os atos judeus
colocam Israel como o lobo mal dos acontecimentos, ou seja, o Hamas, enquanto
grupo radical e “terrorista”, agora é vítima. Qual a verdade, quem é de quem,
isso importa? O que deve se saber e ter bem claro é que uma guerra nunca é cobrada
dos líderes que a criam, eu ao menos, sei tão somente de Saddam Hussein que
fora condenado à morte e Slobodan Milošević que fora levado ao Tribunal Penal
Internacional para a antiga Iugoslávia (TPII), um comitê das Nações Unidas, sob
a acusação de crimes contra a humanidade, de violar as leis e costumes de
guerra, violações graves às Convenções de Genebra e genocídio, por seu papel
durante as guerras na Croácia, Bósnia e Kosovo, mas nada disso adiantou por
falta de provas.
Falar do conflito no
Oriente Médio entre judeus e palestinos virou análise de jogo de futebol, ou se
veste de branco e azul ou em preto, vermelho, branco e verde, em cima do murro
jamais, não seja covarde, não há permissão para não se adotar e defender um dos
lados, mesmo deste lado do equador.
Enquanto deveríamos estar
em massa incentivando um mundo sem torcidas organizadas violentas, sem Hooligans
ou Barras Bravas, sem terrorismo e a divisão por acerto diplomático e diálogo,
não, quebramos tudo e o mundo vê normalmente tudo, faz parte.
Quero paz não conflitos de
palavras que se convertem em minutos, por conta de uma decisão, em mortes de
milhares. Quero ver a bola rolar lindamente e não um jogo cheio de faltas
descabidas para quebrar o adversário no meio.
Não é simples? Nunca foi
simples, mas não posso conceber que em tantas e tantas atividades manuais e
intelectuais que exercemos estejamos quase que nos ressuscitando e vivendo cada
vez mais nos reformulando, nos transmutando, enquanto que em outras, isso
também ocorra da frente para trás, ou seja, estamos passando a pensar e agir
como serem irracionais e carnívoros.
A solução pela violência,
apesar de a violência ser inerente a humanidade é uma solução que se apresente
pífia, infantil, irracional, idiota, ela seduz por ser infinitamente mais fácil
e mais produtiva, rentável envolve muitos e beneficia uma minoria cada vez
menor.
Construir através do
dialogo, principalmente entre estes homens que se dizem conhecedores do poder,
que tem a possibilidade de sentar e fazer a coisa acontecer é o que deve ser visto
e efetivado com resultados concretos, deve haver uma conscientização de que a
humanidade vive e sobrevive muito melhor quando falamos como irmãos. Não se
pode mais manter relações internacionais de idas e vindas, de alianças que se
forjam e depois se quebram e voltaram a ser forjadas.
A palavra, aproveitando o
dia do escritor que passara é a maior dádiva depois da vida e da racionalidade
e inteligência que nos foi dada, que nos capacita a ter proximidade com o
conhecimento, com o saber.
Ser sábio exige esforço,
ser reconhecido pelo uso de lenços limpos é penoso, exige muito de quem se
propõem a fazê-lo, mas quanto tempo faz que muitos não sentem a paz dentro da
paz que foi tratada e cumprida? Ainda se recordam estes da sensação que é não
ter dor, rancor, desafetos, ser ameaçado, andar escoltado, escondido, ameaçar,
e, por fim, matar a qualquer custo por poder?
Parece-me que esqueceram
tudo, não há mais diplomacia e na sua errônea ideia de formação de sábios,
acham que o sábio se forma pelo que tem e não pelo faz e é.
Marcelo Ferla
Celo, tem mesmo momentos que as palavras faltam, o abatimento nos toma e ficamos anestesiados frente a tantas barbáries e sofrimento. É quando a razão e o coração estão de lado... Esquecidos. Afugentados... Onde toda a verdade existente é a insanidade humana vivida e praticada desmedidamente. Choca-me o humano presente... Único capaz de mudar o panorama instalado, mas abatido e cansado, de um lado, destruidor e imediatista de outro... O humano precisa repensar, voltar a ser, ser Humano... Uma luz que nos reacenda tornando-nos capazes de fazer a mudança necessária.
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