As vítimas se somam aos “mais
de 100 mil”, marca atingida ainda em junho.
Os números imprecisos são rotina e
acusam o veto do regime do ditador Bashar al-Assad ao trabalho de aferição de
organizações internacionais e da imprensa”.
Nota do Blogueiro: O que vem acontecendo na Síria é inadmissível, principalmente, por parte dos EUA, que tem uma fama histórica afrente do comando do Conselho de Segurança da ONU e, pós decisão deste, invadir, ao longo da história, países que estavam em conflitos muito menores do que este. Procurei uma relação das últimas intervenções militares americanas, logo após a II Grande Guerra que impulsionou os EUA na indústria armamentista, vejam só:
1946 - Irã - Marinha americana ameaça usar artefatos
nucleares contra tropas soviéticas caso as mesmas não abandonem a fronteira
norte do Irã;
1946 - Iugoslávia - Presença da marinha ameaçando invadir a
zona costeira da Iugoslávia em resposta a um avião espião dos Estados Unidos
abatido pelos soviéticos;
1947/1949 - Grécia - Operação de invasão de Comandos dos EUA
garantem vitória da extrema direita nas "eleições" do povo grego;
1947 - Venezuela - Em um acordo feito com militares locais,
os EUA invadem e derrubam o presidente eleito Rómulo Gallegos, como castigo por
ter aumentado o preço do petróleo exportado, colocando um ditador no poder;
1948/1949 - China - Fuzileiros invadem pela ultima vez o
território chinês para evacuar cidadãos americanos antes da vitória comunista;
1950 - Porto Rico - Comandos militares dos Estados Unidos
ajudam a esmagar a revolução pela independência de Porto Rico, em Ponce;
1951/1953 - Coréia - Início do conflito entre a República
Democrática da Coréia (Norte) e República da Coréia (Sul), na qual cerca de 3
milhões de pessoas morreram. Estados Unidos são um dos principais protagonistas
da invasão usando como pano de fundo a recém criada Nações Unidas, ao lado dos
sul-coreanos. A guerra termina em julho de 1953 sem vencedores e com dois
estados polarizados: comunistas ao norte e um governo pró-americano no sul. Os
EUA perderam 33 mil homens e mantém até hoje base militar e aero-naval na
Coréia do Sul;
1954 - Guatemala - Comandos americanos, sob controle da CIA,
derrubam o presidente Arbenz, democraticamente eleito, e impõem uma ditadura
militar no país. Jacobo Arbenz havia nacionalizado a empresa United Fruit e
impulsionado a reforma agrária;
1956 - Egito - O presidente Nasser nacionaliza o canal de
Suez. Tropas americanas se envolvem durante os combates no Canal de Suez
sustentados pela Sexta Frota dos EUA. As forças egípcias obrigam a coalizão
franco-israelense-britânica, a retirar-se do canal;
1958 - Líbano - Forças da Marinha invadem apóiam o exército
de ocupação do Líbano durante sua guerra civil;
1958 - Panamá - Tropas dos Estados Unidos invadem e combatem
manifestantes nacionalistas panamenhos;
1961/1975 - Vietnã. Aliados ao sul-vietnamitas, o governo
americano invade o Vietnã e tenta impedir, sem sucesso, a formação de um estado
comunista, unindo o sul e o norte do país. Inicialmente a participação
americana se restringe a ajuda econômica e militar (conselheiros e material
bélico). Em agosto de 1964, o congresso americano autoriza o presidente a
lançar os EUA em guerra. Os Estados Unidos deixam de ser simples consultores do
exército do Vietnã do Sul e entram num conflito traumático, que afetaria toda a
política militar dali para frente. A morte de quase 60 mil jovens americanos e
a humilhação imposta pela derrota do Sul em 1975, dois anos depois da retirada
dos Estados Unidos, moldou a estratégia futura de evitar guerras que impusessem
um custo muito alto de vidas americanas e nas quais houvesse inimigos difíceis
de derrotar de forma convencional, como os vietcongues e suas táticas de
guerrilhas;
1962 - Laos - Militares americanos invadem e ocupam o Laos
durante guerra civil contra guerrilhas do Pathet Lao;
1964 - Panamá - Militares americanos invadiram mais uma vez
o Panamá e mataram 20 estudantes, ao reprimirem a manifestação em que os jovens
queriam trocar, na zona do canal, a bandeira americana pela bandeira de seu
país;
1965/1966 - República Dominicana - Trinta mil fuzileiros e
pára-quedistas desembarcaram na capital do país, São Domingo, para impedir a
nacionalistas panamenhos de chegarem ao poder. A CIA conduz Joaquín Balaguer à
presidência, consumando um golpe de estado que depôs o presidente eleito Juan
Bosch. O país já fora ocupado pelos americanos de 1916 a 1924;
1966/1967 - Guatemala - Boinas Verdes e marines invadem o
país para combater movimento revolucionário contrário aos interesses econômicos
do capital americano;
1969/1975 - Camboja - Militares americanos enviados depois
que a Guerra do Vietnã invadem e ocupam o Camboja;
1971/1975 - Laos - EUA dirigem a invasão sul-vietnamita
bombardeando o território do vizinho Laos, justificando que o país apoiava o
povo vietnamita em sua luta contra a invasão americana;
1975 - Camboja - 28 marines americanos são mortos na
tentativa de resgatar a tripulação do petroleiro estadunidense Mayaquez;
1980 - Irã - Na inauguração do estado islâmico formado pelo
Aiatolá Khomeini, estudantes que haviam participado da Revolução Islâmica do
Irã ocuparam a embaixada americana em Teerã e fizeram 60 reféns. O governo
americano preparou uma operação militar surpresa para executar o resgate,
frustrada por tempestades de areia e falhas em equipamentos. Em meio à
frustrada operação, oito militares americanos morreram no choque entre um helicóptero
e um avião. Os reféns só seriam libertados um ano depois do seqüestro, o que
enfraqueceu o então presidente Jimmy Carter e elegeu Ronald Reagan, que
conseguiu aprovar o maior orçamento militar em época de paz até então;
1982/1984 - Líbano - Estados Unidos invadiram o Líbano e se
envolveram nos conflitos no país logo após a invasão por Israel - e acabaram
envolvidos na guerra civil que dividiu o país. Em 1980, os americanos
supervisionaram a retirada da Organização pela Libertação da Palestina de Beirute.
Na segunda intervenção, 1.800 soldados integraram uma força conjunta de vários
países, que deveriam restaurar a ordem após o massacre de refugiados palestinos
por libaneses aliados a Israel. O custo para os americanos foi a morte 241
fuzileiros navais, quando os libaneses explodiram um carro bomba perto de um
quartel das forças americanas;
1983/1984 - Ilha de Granada - Após um bloqueio econômico de
quatro anos a CIA coordena esforços que resultam no assassinato do 1º Ministro
Maurice Bishop. Seguindo a política de intervenção externa de Ronald Reagan, os
Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada alegando prestar proteção
a 600 estudantes americanos que estavam no país, as tropas eliminaram a
influência de Cuba e da União Soviética sobre a política da ilha;
1983/1989 - Honduras - Tropas enviadas para construir bases
em regiões próximas à fronteira invadem o Honduras;
1986 - Bolívia - Exército invade o território boliviano na
justificativa de auxiliar tropas bolivianas em incursões nas áreas de cocaína;
1989 - Ilhas Virgens - Tropas americanas desembarcam e
invadem as ilhas durante revolta do povo do país contra o governo
pró-americano;
1989 - Panamá - Batizada de Operação Causa Justa, a
intervenção americana no Panamá foi provavelmente a maior batida policial de
todos os tempos: 27 mil soldados ocuparam a ilha para prender o presidente
panamenho, Manuel Noriega, antigo ditador aliado do governo americano. Os
Estados Unidos justificaram a operação como sendo fundamental para proteger o
Canal do Panamá, defender 35 mil americanos que viviam no país, promover a
democracia e interromper o tráfico de drogas, que teria em Noriega seu líder na
América Central. O ex-presidente cumpre prisão perpétua nos Estados Unidos.
1990 - Libéria - Tropas invadem a Libéria justificando a
evacuação de estrangeiros durante guerra civil;
1990/1991 - Iraque - Após a invasão do Iraque ao Kuwait, em
2 de agosto de 1990, os Estados Unidos, com o apoio de seus aliados da Otan,
decidem impor um embargo econômico ao país, seguido de uma coalizão anti-Iraque
(reunindo além dos países europeus membros da Otan, o Egito e outros países
árabes) que ganhou o título de "Operação Tempestade no Deserto". As
hostilidades começaram em 16 de janeiro de 1991, um dia depois do fim do prazo
dado ao Iraque para retirar tropas do Kuwait. Para expulsar as forças
iraquianas do Kuwait, o então presidente George Bush destacou mais de 500 mil
soldados americanos para a Guerra do Golfo;
1990/1991 - Arábia Saudita - Tropas americanas destacadas
para ocupar a Arábia Saudita que era base militar na guerra contra Iraque;
1992/1994 - Somália - Tropas americanas, num total de 25 mil
soldados, invadem a Somália como parte de uma missão da ONU para distribuir
mantimentos para a população esfomeada. Em dezembro, forças militares
norte-americanas (comando Delta e Rangers) chegam a Somália para intervir numa
guerra entre as facções do então presidente Ali Mahdi Muhammad e tropas do
general rebelde Farah Aidib. Sofrem uma fragorosa derrota militar nas ruas da
capital do país;
1993 - Iraque - No início do governo Clinton é lançado um
ataque contra instalações militares iraquianas em retaliação a um suposto
atentado, não concretizado, contra o ex-presidente Bush, em visita ao Kuwait;
1994/1999 - Haiti - Enviadas pelo presidente Bill Clinton,
tropas americanas ocuparam o Haiti na justificativa de devolver o poder ao
presidente eleito Jean-Betrand Aristide, derrubado por um golpe, mas o que a
operação visava era evitar que o conflito interno provocasse uma onda de
refugiados haitianos nos Estados Unidos;
1996/1997 - Zaire (ex-República do Congo) - Fuzileiros
Navais americanos são enviados para invadir a área dos campos de refugiados
Hutus;
1997 - Libéria - Tropas dos Estados Unidos invadem a Libéria
justificando a necessidade de evacuar estrangeiros durante guerra civil sob
fogo dos rebeldes;
1997 - Albânia - Tropas invadem a Albânia para evacuar
estrangeiros;
2000 - Colômbia - Marines e "assessores especiais"
dos EUA iniciam o Plano Colômbia, que inclui o bombardeamento da floresta com
um fungo transgênico fusarium axyporum (o "gás verde");
2001 - Afeganistão - Os EUA bombardeiam várias cidades
afegãs, em resposta ao ataque terrorista ao World Trade Center em 11 de
setembro de 2001. Invadem depois o Afeganistão onde estão até hoje;
2003 - Iraque - Sob a alegação de Saddam Hussein esconder
armas de destruição e financiar terroristas, os EUA iniciam intensos ataques ao
Iraque. É batizada pelos EUA de "Operação Liberdade do Iraque" e por
Saddam de "A Última Batalha", a guerra começa com o apoio apenas da
Grã-Bretanha, sem o endosso da ONU e sob protestos de manifestantes e de
governos no mundo inteiro. As forças invasoras americanas até hoje estão no
território iraquiano, onde a violência aumentou mais do que nunca.
* Na América Latina, África e Ásia, os Estados Unidos
invadiam países ou para depor governos democraticamente eleitos pelo povo, ou
para dar apoio a ditaduras criadas e montadas pelos Estados Unidos, tudo em
nome da "democracia" (deles).
2011 - Líbia - Ataques norteamericanos com VANTS (Veículos Aérios Não
Tripulados): Síria, Iêmen, Paquistão, Somália, Irã, Afeganistão e Iraque.
Só que neste ponto do planeta, há um detalhe que poucas pessoas pensam ou até imaginam mas acabam esquecendo diante das imagens, o petróleo existente na região e os pactos de fornecimento que os EUA tem com certos países da região. Além disso a Rússia apoia o regime ditatorial de Bashar al-Assad. Existe muito petróleo na região, os EUA é forte fornecedor de armamento para certos países de lá, enfim, mais uma vez os EUA avaliam a situação como um predador que espera pacientemente sua vítima. Se optar pelo sim, poderemos presenciar mais um banho de sangue de tribos contra a maior potência bélica do mundo.
O fim de Bashar al-Assad, ta próximo, o caminho dele, é o mesmo de Sadan Russem!
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