Travesseiro-avestruz custa
US$ 75, ou R$ 130
A vida moderna e a
tradicional "sesta" - o cochilo depois do almoço - convergem na forma
de um novo e insólito produto chamado "travesseiro avestruz" (Ostrich
Pillow, em inglês). Criado para sonecas fora de casa, o produto é nada mais do
que uma almofada oca com três orifícios (dois para os braços, um para o nariz)
- ainda que, de tão inusitado, seja mais apropriado para quem não tem medo de
passar um pouco de vergonha.
A ideia é do Banana
Studios, um projeto que aglutina vários escritórios de design na Espanha (onde
a "siesta" é tão comum). "O travesseiro cria uma atmosfera
privada em um contexto público", seja no transporte público, em aeroportos
ou mesmo no trabalho, disse à BBC o britânico de origem iraniana Ali Ganjavian,
um dos criadores do objeto e sócio do escritório de arquitetura
Kawamura-Ganjavian.
O Banana Studios conseguiu
arrecadar US$ 126 mil para desenvolver o projeto por meio do Kickstarter (site
de arrecadação de dinheiro para determinadas causas), depois de, em 2011, ter
conquistado espaço para o "Ostrich Pillow" em publicações
especializadas em design.
Mais trabalho, menos
descanso
"A essência (da
ideia) é que a sociedade mudou", afirma Ganjavian. "Antes, dormíamos
muito mais. Agora, trabalhamos muito mais horas, e o cansaço a que estamos
expostos não é apenas físico, mas mental. Nos esquecemos de nos
desconectar." A invenção surgiu da necessidade dos próprios designers, de
fazer uma pausa para se "revitalizar". "Passamos muito tempo em
frente ao computador e há horas em que precisamos descansar, tomar um café,
sair um pouco. Criamos (o travesseiro) para nós mesmos."
O conceito por trás da
ideia são as chamadas "power naps" - sestas breves e supostamente
revigorantes. Ganjavian cita estudos que defendem que as sonecas rápidas
estimulam a produtividade. Para alguns, porém, a brincadeira pode parecer cara
(o travesseiro custa US$ 75, ou cerca de R$ 130) ou de design um pouco
constrangedor para o usuário.
Ganjavian admite que sua
equipe levou isso em consideração durante o processo de criação, mas responde
alegando que inovar significa correr riscos.
Ele afirma que a bicicleta e o
guarda-chuvas também tinham designs considerados ridículos quando foram lançados.
Apesar da extravagância, Ganjavian afirma estar recebendo diversas encomendas e
prepara peças para vender no Natal.
fonte:terra
post: Marcelo Ferla
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