Como a francesa Pierre Cardin e a americana Wal-Mart, muitas vem sendo as empresas não chinesas que vem utilizando a mão de obra dos grandes tigres.
Lá estão também Wenzhou, a “Cidade dos Isqueiros” usados no mundo todo – e Qiaotou – de onde saem 60% dos botões de zíperes vendidos globalmente e onde há uma estátua de um botão alado, vejam, vocês, de 6 metros de altura, para celebrar a “vocação”). A vizinhança tem ainda a cidade dos guarda-chuvas (Songxia),a dos tecidos (Shaoxing), a das canetas (Fenshui) e até a das válvulas hidráulicas (Wenling).
Como você pode notar, hoje em dia de quase nada adianta procurar por grandes marcas, por serem estas grandes marcas e, principalmente, pagar valores elevados por elas, pois todas saem do mesmo lugar, o que para alguns, pode gerar certa sensação de frustração, pois um Nike de R$ 600,00 não é um produto genuinamente americano, sem se falar nos casos de falsificação, que a cada dia são mais especializadas e mais semelhentes, o que denigre mais ainda as verdadeiras marcas, inclusive as mais exclusivas.
Há que se lembrar que a tecnologia e qualidade empregada nos produtos, aparentemente não é prejudicada por conta disto, aparentemente. Na verdade não podemos saber se a tecnologia total é empregada em terras estranhas a terra de origem do produto.
O que vale nese mercado é a mão de obra barata que a China proporciona, muitas vezes em regime de escravidão e, mesmo assim, qualificada, mas não valorizada, o que faz com que as empresas tenham maior renda com menor qualidade, pois a meta de produção desses produtos necessita ser altíssima, o que pode pejudicar a qualidade do produto final.
Quantidade de produtos exportados pela China. |
Portanto, se estiver comprando um terno Armani ou um Kiton ou ainda um sapato Berlutti, quem sabe um óculos Oliver Goldsmith ou meias Pantherella, combinando com um relógio Patek Philippe, nunca se esqueça, isto tudo pode ser ou definitivamente é, Made in China.
Uma questão de conceito, vaidade e extravagância para os mais exigentes, o que, diga-se de passagem, pode ser tudo balela.
Marcelo Ferla
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