Oportunidade, essa é a chave.

 

Oportunidade, esta é a chave. 


O mês de Agosto é exclusivamente dedicado as pessoas com deficiência física.

Nossa, que frase mais horrenda. Não gostei e vou reformular.

O ano inteiro deve ser dedicado aos portadores de limitações físicas, que devem receber o máximo de atenção e auxílio em suas jornadas e desafios pessoais. Aí sim. Ficou um pouco maior, mas ainda acho que assim é melhor.

Sempre disse que as pessoas com limitações físicas e mentais devem ser oportunizadas de inclusão em uma sociedade que ainda as decapita, retirando destas toda e qualquer oportunidade de desenvolver um potencial intelectual e laboral que em determinados casos é muito maior do que aqueles que são considerados “normais” e que de cidadãos normais nada têm, fazendo com seus atos que nossa sociedade retroaja ao invés de caminhar por vias de prosperidade e desenvolvimento avançados.

É importante todos termos em pauta que precisamos, necessitamos, carecemos destas pessoas. Por quê? 

Hora por que, estas pessoas são uma fonte inesgotável e ainda inexplorada de talentos, mentes brilhantes e profissionais dedicados ao que fazem. São pessoas que por sua natureza e aprendizado de superação em decorrência da limitação que possuem, tem uma capacidade de persistência incrível, capazes de jamais desistir de um objetivo, são concentradas, pois precisam constantemente de prestar atenção naquilo que estão fazendo, pois isso é uma questão de sobrevivência para elas.

Mas não, a maldita cabecinha humana, essa sim limitada por demais, ao invés de explorar, exclui, não retira nada desta mina de diamantes nós, todos, tolos que somos não apoiamos no sentido de formar uma sociedade que possua no mínimo o básico, como rampas de acesso, transportes coletivos adaptados, maquinários facilitadores de acesso a estes como bebedouros rebaixados, caixa 24hs rebaixados, balcões de atendimento rebaixados, etc.

Como sempre disse, pois jamais ouvirão sair de minha boca opinião contrária a esta, estes necessitam de oportunidades e não de pena alheia, não precisão de um “coitado”, de um “que pecado, tão jovem e assim”.

Se você, cidadão que está lendo este texto já murmurou uma frase assim, lamente e muito, pois está perdido, sofre de ignorância, a limitação é sua, não deles.

Quanto à adaptação destes a vida nova que enfrentam quando do trágico acontecimento que os torna pessoas com limitações físicas ou mentais, bom, isto todos nós já sabemos que é um calvário para poucos vencedores superarem e que muitos sequer chegam lá, entregando-se antes de saber que é possível se ter vida além da vida anterior.

Pois peço aos meus leitores: reflitam, pensem, analisem o que vos digo aqui, pois uma destas pessoas altamente qualificada pode estar batendo a sua porta e você, sem perceber, nega a você mesmo uma grande oportunidade de aprendizado e prosperidade mútua em sua vida.

Seja esperto, seja moderno, seja para a frentex, seja fashion, seja cool cara, faça a coisa acontecer e se ainda não aconteceu, auxilie, ajude, eu disse ajude e não “sinta pena” jamais, eles não são dignos disso, sequer merecem isso, são dignos de serem humanos trabalhadores e felizes em seus momentos de satisfações pessoais.

Portanto, construa, por que destruir sempre foi mais fácil.

Marcelo Ferla