Meia verdade, mas verdade.
Li em jornal desta semana
que os turistas que estão vindo para a Copa 2014 no Brasil estão recebendo em seus
respectivos países, antes de suas saídas, materiais das mais variadas formas
elaborados no sentido de preveni-los e alertá-los contra os perigos que virão a encontrar em
nosso país, ou seja, no sentido de onde estão se metendo.
No início da matéria o(a)
colunista coloca que apesar de o Brasil ser um país com “dificuldades de
cumprimento de prazos em seus compromissos, prazos de obras, carências sérias
de infraestrutura, criminalidade desenfreada, desigualdade social, e doenças
que já deveriam estar a muito controladas, além de enfrentar a insatisfação de
parcela da sociedade com os gastos impostos pelo certame.”, ele está sendo injustiçado pelas informações elaboradas aos estrangeiros.
Serei sincero em dois
aspectos sobre o que li.
A primeira reflexão que
fiz foi a de que se eu, brasileiro, em indo a um lugar, onde um
jornalista que lá nasceu e reside escreve coisas como as de cima sobre este e,
tais informações chegam até mim, descrevendo um país da forma como esta(e) coloca com tal realidade voraz e de insatisfação diante de tantos problemas, eu teria
sim, medo de ir a um lugar deste.
Por outro lado concluo também no
sentido de que não é, nem foi tão somente o Brasil que passou por problemas desta
natureza e outros tantos (me referindo aos problemas específicos para a feitura da Copa de 2014
e a receptividade de pessoas de todo o mundo em nosso país em choque com os problemas sociais que este vive) como organizador de eventos do volume de uma Copa do Mundo e aqui, um diferencial importante, por exemplo, em relação a Copa de 2010 na África: Não ficamos sabendo de nada do que aconteceu lá fora os jogos e o que ocorria dentro de campo, que fique claro e não se iludam utilizando a desculpa de que aqui se tem mais dinheiro do que lá e que, portanto, deveríamos ser mais competentes do que os irmãos africanos, países europeus, ditos de primeiro mundo, também passaram por severos problemas durante o evento, vide o exemplo da França quando sediou a sua Copa.
O que todos já sabemos é
que, a exemplo do que pode estar acontecendo em outros países quando recebem notícias
sobre o nosso país é que estas são filtradas para que um evento como a Copa
do Mundo daqui não se torne um fracasso total, justamente no país do futebol, mas que não está muito firme em sua visão como um todo.
Ainda insistindo sobre o
material disponibilizado para os gringos. A mesma matéria dizia que tais alertas
postos nos materiais para os estrangeiros que virão a Copa eram um abuso em
forma de excessos, potencializações de coisas que ocorrem mas que foram muito aumentadas com o intuito de detonar nosso mundial, o que não é verdade e sim uma ofensa, eis que os brasileiros trabalham muito, são muito receptivos,
educados, alegres e, que uma de suas maiores virtudes se dá, justamente, no sentido de
saber dar muito valor e aproveitar ao máximo e de forma muito pacífica e alegre os
seus momentos de lazer, como será o caso da Copa 2014.
Insisto em enfatizar que
ao longo da postagem de vários materiais a cerca da Copa no Brasil, coloquei
observação de que jamais fui contra a Copa do Mundo em nosso país e, já
antecipando, jamais serei contra um evento como as Olimpíadas de 2016 que ocorrerão
aqui em nosso país.
Sou sim, contra os excessos já de conhecimento geral, estes sim, não foram poucos,
foram escancarados, descarados, quadrilheiros e criminosos, além de
intolerantes e desumanos em relação ao povo brasileiro que queria,e com total razão, tão somente (me refiro ao
brasileiro honesto, trabalhador, pagador de impostos e não violento) a
aplicação destes excessos financeiros absurdos, justamente, em áreas como
educação, saúde e segurança para o brasileiro e não tão somente com duração de um evento esportivo relevante.
Agora dizer que o Brasil
não deve ser criticado e mal visto por estrangeiros comparado ao que fora escrito beira, no mínimo, a falta
de bom senso dos estrangeiros, eis que os próprios brasileiros que conhecem muito bem o seu
país, reclamam dos excessos que foram cometidos, bem como o que deixou de ser
feito para a Copa de 2014 em relação a estrutura desta.
Ora, se nós brasileiros que somos phd em Brasil, que vivemos o
dia-a-dia de nosso país estamos insatisfeitos e escrevemos matérias pontuando esta avalanche de problemas, quem são os estrangeiros que aqui não vivem, sendo
alguns destes, passageiros de primeira viagem, para não acreditarem e tomarem as devidas precauções
em materiais escritos por profissional dos seus países.
Senhores, quando se chega ao ponto em que um jornalista coloca em matéria que o seu país, por exemplo, sofre com uma “violência desenfreada”, sou obrigado a concordar com os cuidados dispensados pelos estrangeiros instruídos pelos seus governantes através deus Ministérios do Turismo ou me dirão que
vocês, sendo viajantes a um país que pouco conhecem e por mais entusiasmados que estejam em visitar e conhecer uma outra cultura
e ver “in locu” um evento como uma Copa do Mundo não sentiriam um frio na
barriga lendo o que aqui coloquei e o que fora colocado nesta matéria que analiso?
A verdade pode não ser
total, mas é no mínimo uma meia verdade e bem clara.
Uma meia verdade, mas uma verdade de uma metade muito ruim.
Marcelo Ferla
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