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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Diabetes.







Como escolher o calçado quando se é diabético?


Entrevista com a endocrinologista Hermelinda Cordeiro Pedrosa, do Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, da Federação Internacional de Diabetes.

Escolher corretamente os sapatos pode ajudar a prevenir uma série de sequelas do diabetes mal controlado.


Uma dessas sequelas é a neuropatia diabética, que compromete a sensibilidade dos pés. Sem sentir o que está acontecendo nas extremidades, a pessoa pode se machucar e desenvolver feridas de difícil cicatrização, explica a endocrinologista Hermelinda Cordeiro Pedrosa, coordenadora do Projeto Salvando o Pé Diabético, da Secretaria de Saúde de Brasília, e representante no Brasil do Grupo de Trabalho Internacional sobre Pé Diabético, da Federação Internacional de Diabetes.


Hermelinda Cordeiro Pedrosa - "Além dos exames periódicos dos pés feitos pelo médico ou outro profissional treinado da enfermagem, sempre recomendo que o próprio paciente habitue-se a examinar seus pés diariamente para verificar se há algum machucado, secar bem a região após o banho, principalmente entre os dedos, e manter a pele do pé hidratada, sem colocar hidratante entre os dedos.


A escolha do sapato é muito importante. O calçado deve oferecer conforto, não conter costuras ou dobras que possam irritar a pele e proporcionar segurança na caminhada. Vamos analisar aqui alguns tipos de sapatos preferidos pelas mulheres que gostam de seguir a moda.


Os escarpins estão cada vez mais altos, mas eles podem provocar bolhas, inchaço e dores nos tendões. Salto alto leva o pé a uma posição antinatural, aumentando o estresse sobre uma só região: a plantar. Se o uso for repetitivo, o excesso de pressão pode provocar fraturas espontâneas, pois a neuropatia induz a uma resposta inflamatória e maior desgaste do osso, semelhante ao que ocorre na osteoporose. Saltos altos e finos também aumentam a possibilidade de entorses: o diabetes favorece alterações no colágeno, provocando torções e também rupturas. Vale lembrar que uma complicação dramática da neuropatia é o Pé de Charcot, que pode surgir de um trauma e, com essa fragilidade óssea e dos tendões, acarretar inchaço, vermelhidão e maior temperatura, que deve ser alvo de cuidado imediato para não evoluir para deformidades. O recomendável é optar por saltos de no máximo 3 cm e de preferência grossos.


As sapatilhas rasas, também em voga, não dão suporte à planta do pé. Podem levar a problemas no quadril, joelhos e costas. Seu uso só é aceitável com a colocação de palmilhas internas que vão dar o suporte necessário a uma caminhada sem problemas. As sandálias de tiras, também baixinhas, têm o risco adicional de não oferecerem praticamente nenhuma proteção ao pé. A chance de escorregar e machucar-se é muito grande com uma área tão extensa do pé exposta. Quem tem diabetes especialmente não deve utilizá-las, porque cortes ou machucados simples podem evoluir para sérios problemas de infecção e levar até a amputações.


Os sapatos plataforma geralmente têm a sola rígida e interferem na caminhada e na mobilidade do pé. Se tiverem a parte de trás muito alta, também vão concentrar a pressão apenas sobre uma região do pé.




Sapatos de bico fino devem ser evitados. Eles apertam toda a parte da frente do pé e com o uso continuado causam dor e bolhas, além de joanetes naqueles que têm predisposição familiar. É preciso também fazer atenção ao tamanho do calçado. Muitas mulheres usam sapatos menores que seus pés e a consequência é o aparecimento de calosidades, bolhas, joanetes. Por isso, é importante comprar os sapatos à tarde, quando os pés podem apresentar algum grau de inchaço."



Fonte: Diabetes Nós Cuidamos

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