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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Opinião do Blogueiro








O trauma precisa prevalecer.


Hoje, desde as 06h00min, presenciamos o que algumas pessoas, no meu ponto de vista equivocadamente, estão chamando de o casamento do novo século, casamento este entre o príncipe William e a plebéia, pois assim, desde já, a família real gosta de chamá-la, antes do casamento, simplesmente Kate.

Há uma expectativa, também equivocada, mas compreensível, de que Kate será a nova Diana, impossível. 


Inicialmente, pelo fato de Kate, ao que me parece, ser carecedora do sangue frio que Diana criou logo após a descoberta de que estava sendo traída por seu marido fanfarrão Charles com uma mulher tão feia quanto os dias chuvosos de Londres, horrível na verdade em todos os aspectos, se comparada com Diana, mas eram coisas da adolescência de Charles, fazer o que.

Por outro lado, há que se levar em consideração que Diana passou por poucas e boas até adquirir esta experiência e seria um pouco precipitado cobrar isto da novata Kate.

Importante salientar que Diana, a época em que conhecera seu futuro marido Charles, era uma menina tímida que se escondia atrás de uma franja loira, falava quase nada, vivia desde o início, enclausurada, ora peos fotógrafos, ora pelas ordens do marido, tudo como em um conto de fadas em que a princesa fica presa em uma torre de um castelo por aí. Tinha como atividades tão somente cuidar de seus filhos na medida em que nasciam, sorrir forçosamente na presença de seu marido e visitas importantes, mas que começou a chamar a atenção por deixar escapar, por muitas vezes, aos paparazzos ecâmeras atentas, choros de insatisfação com a vida solitária que tinha.

Depois da descoberta da traição de Charles, ocorrera um tipo de feitiço de liberdade a muito desejado por Diana, na verdade uma afirmação definitiva mais bem embasada que, entre desequilíbrios, até toleráveis em relação ao que estava passando, aos poucos fora equilibrando-se e se tornando uma embaixadora mundial da beleza somada à simplicidade de suas mensagens ao mundo através das atividades humanitárias e colaboração com as mazelas do mundo.

 
Alguns podem alegar que Diana traiu antes tendo um caso com um dos adestrador dos cavalos reais, mas quem me garante que esta traição já não era reflexo de um casamento destruído ou que jamais existiu, além do que um homem (Charles) que ao ser questionado sobre o fato de estar apaixonado, responde que está "árias seja lá o que isto signifique" merece não uma, mas várias traições.

Passado tudo isto e estando a guerra declarada Diana x Monarquia Inglesa,  tornara-se ela, Diana uma real, não no sentido de realeza, pois com esta já havia rompido a muito, tinha este direito em relação aos maltratos do marido para com ela e, em sendo assim, fazendo uso de sua liberdade de ir e vir, ficou mais conhecida por ser uma representante dos menos favorecidos.

Visitava Angola, Moçambique,países pobres, andava por campos minados, aproximava-se de vítimas de guerras, pessoas gravemente feridas sem sequer ter medo de pegar alguma peste que estas pessoas poderiam vir a transmitir a ela. Não era nem tinha atitude de repúdio, mas de querer ajudar.

Desta forma, conheceu, encarou e ajudou e muito o real mundo que não conhecia até então e isto incomodava por demais a realeza, pois esta sequer se manifestava a respeito de coisas deste tipo.

Diana foi a primeira Angelina Jolie, a primeira Madonna, precursora de toda e qualquer mulher famosa, bela ou não, que tem grana, influência mundial e que se importa com causas humanitárias. E assim foi até o final, uma mulher impecável, mesmo quando vestia jeans e camiseta.

Tornara-se mais sexy, desejada, todos falavam de suas roupas, cabelos, pernas lindas, expostas, torneadas, longas e ousadas.


Estávamos diante de uma metamorfose gerada pela dor e pelo isolamento sentidos por alguém que fizera parte de uma monarquia chata por demais e que mais chato do que isto, fora mulher de um marido ausente que a traiu com uma feiosa cafona e ridícula, que não ajuda nem a si própria, quem dirá aos demais. Ocupa ela o lugar de fantoche que Diana se negou a ocupar e ficar depois que o cristal se quebrou.

Diana não chorava mais pelos cantos por ser mal tratada pelo marido e pelos demais bolhas da família real, chorava por ser impiedosamente atormentada pela imprensa e por ver uma criança mutilada, por ver uma criança com fome, doente, com dor, por coisas que valiam à pena (caso das últimas citadas), mas estes verdadeiros sentimentos, estes sentimentos que surgiram depois de muita dor interna perturbavam a realeza, pois ela estava aparecendo mais do que todos os poderosos componentes de um poderoso reinado "do nada" e, como nos tempos medievais, esse "reinado que nada reina" se questionou por meio de sua bruxa rabugenta Elizabeth, como em um roteiro de filme.


Se perguntou a Rainha Elizabeth: “Como ousa uma plebéia aparecer mais do que eu a Rainha!!!? Claro que ela não conversava com um espelho, ou conversava?

Estava Diana em seu auge, era mãe exemplar, era mulher de verdade, pasou por cima de um casamento ferrado, passara a ser comprometida com coisas sérias, não as fazia para aparecer, mas aparecia para fazê-las, não hesitava e assim estava na televisão mais do que quem “real mente” queria aparecer e fazer papel de bonzinho. Não se importava mais com o casamento do século, a qual fora a noiva, estava livre, ao menos internamente e, como tal se apaixonou, amou e por conta disto morreu.

Desta parte todos se recordam. Paparazzis por toda parte, perseguição, carro em alta velocidade, coluna de concreto, o céu.

Fora enterrada praticamente como uma indigente se compararmos como fora seu enterro ao que deveria ter sido o seu funeral como nobre que ainda era, o funeral que o povo britânico desejava para sua princesa heroína, a princesa do povo, mas ele não ocorreu, a Rainha não a tolerava mais essa mulher incoveniente.

Seu marido fanfarrão por um momento teve um rompante de cavalheirismo, brigou com a mãe (Rainha) pedindo que o protocolo fosse seguido. A Rainha, de sua parte, nem a meio mastro colocou a bandeira no Palácio de Buckingham e disse não, revolta total da rabugenta.

Ficava naquele momento um marido fanfarrão viúvo, dois filhos órfãos, um que tenta na medida do possível, ter uma vida conjugal diferente da de seus pais (William) e outro que é um fanfarrão como o pai e, ainda por cima, maluquinho e aspirante a alcoólatra (Harry).


Torcemos para que mude, se espelhando em seu irmão mais velho.

William deu a sua futura esposa Kate, “a plebéia”, o anel que era de sua mãe, “a outra plebéia”, modo este, diz ele, da mãe estar presente neste momento tão importante de sua vida.

De minha parte vejo poucas, mas nuances peculiares de semelhanças entre Kate e Diana. Ambas são plebéias, ousadas, populares, mas infelizmente ou não com algumas diferenças peculiares, até por que ninguém é igual a ninguém.



Kate agrada a Rainha de peruca, é educada, elegante, discreta, tem ensino superior (História da Arte), um fantoche perfeito de companhia para quem pode ser o futuro Rei, assim espera a rabugenta, mas tomará ela uma bola nas costas, assim espero. 


Tomara que dê de cara no chão, como uma fortaleza que desaba decorrente de um ataque de bárbaros.

Mas o trauma precisa prevalecer. Poderá Kate fazer o que Diana fazia? Acho que não, salvo se for traída por seu marido que dormirá com uma gata em uma festa na Itália dada por Berlusconi. Aí terá direito de ser e fazer, caso contrário nananinãonão, "se comporte menina, você não manda nada aqui, não pode nada", dirá a Rainha bruxa, "salvo se tomar uma bola nas costas e, mesmo assim, tomaremos todos os cuidados para que você seja a bruxa do conto de fadas e não nós os nobres, como já fora feito uma vez com sua sogra falecida que nós ajudamos a matar aos poucos, portanto não tente nada". Os métodos de tortura ingleses sempre foram famosos ao longo da história. Mas mesmo com tudo isto, aposto em Kate.

Não haverá outra Diana ou qualquer outra mulher parecida com ela, apesar de ser isto, inconscientemente, o que o povo quer. Kate não é Diana, dificilmente terá uma história de vida sequer parecida com a princesa do povo renegada e não queremos isto para Kate nem para William. Não irá Kate ao Afeganistão, Síria ou Haiti ajudar os desamparados, "deixe isso para a Cruz Vermelha menina e para as nossas forças armadas" dirá a rabugenta de peruca a ela. "Mas?" - dirá Kate. "Já disse e está dito ok?" - sentenciará a rabugenta.


Mas minha sesperança reside justamente nisto, na juventude, na popularidade, pois assim Kate poderá fazer mais que Diana, por que não? Tem ela como exemplo, é esposa de um dos filhos de Diana, tem total apoio deste. A possibilidade é boa. 

Mais uma vez torço que o trauma prevaleça. Tomara que seja assim, tomara que Kate continue sendo ousada, despojada, ativa, muito ativa, ou melhor, seja tão ousada quanto Diana foi, uma ousadia repaginada, tomara que seja pop, seja daquelas de tocar a mão de todos, de ajudar a todos, tomara que William peça educadamente, na medida do possível, que esta continue o que sua mãe fez e fazia, pois era uma grande mulher. 


Tomara que William tenha aprendido com sua mãe e a dor da perda desta, como não deve ser um casamento e como deve ser um ser humano digno e não como a coisa toda deve continuar ocorrendo, que este e sua princesa tenham voz ativa, dancem, sorriam juntos por estarem realmente e puramente felizes um com o outro, enfim, que os dois peguem do casamento dos pais de William o exemplo da desgraça conjugal e da mãe de William o exemplod de uma pessoa e tanto. Que prevaleça o trauma mais uma vez.

Espero puramente que ambos sejam felizes, ativos, dêem novo ar a essa coisa toda muito chata que é a realeza britânica, que até agora estava de molho em enxofre, pois não tinha nada a oferecer. Tomara que Lady Catherine ou Duquesa de Cambrige seja ousada, não perca as origens, seja ela mesma, seja mais um braço forte na ajuda aos menos favorecidos, faça campanhas, seja ouvida pelo mundo, dizendo coisas boas, úteis, tenha boa opinião formada, seja sincera e comprometida, que seja uma mulher tão brilhante quanto fora sua sogra falecida e que nada de ruim a ela aconteça, pois o trauma precisa prevalecer para que tudo isto venha a ocorrer, caso contrário o ostracismo será a tônica e nada mais.  


Mas como estamos em tempos de Sherek, tomara que tenhamos uma Fiona bem bacana e abusada, sempre para o bem.

Marcelo Ferla

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