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fatos científicos que você precisa saber sobre gatos
Conheça os estudos que
exploram vários aspectos sobre a vida dos felinos e sua relação com os humanos
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(FOTO: FLICKR/MOHAMED
AYMEN BETTAIEB)
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Os seres humanos são capazes
de muitas proezas: uma delas é passar horas assistindo a vídeos de gatos na
internet.
Mas cientistas já observaram a vida dos felinos com um olhar bem mais
técnico e avançado para tentar entendê-los.
No livro The Lion in the
Living Room (“O leão na sala de estar”, sem edição no Brasil), Abigail Tucker
reúne as contribuições mais criativas e inesperadas da ciência sobre esses
animais.
Não tente reproduzir os experimentos em casa:
1 - Odores
É possível identificar seu
gato de estimação apenas pelo cheiro?
Donos de gatos tiveram contato com cobertores “impregnados” com o
cheiro de gatos desconhecidos e de seus próprios animais de estimação.
Os
cientistas pediram que eles cheirassem os cobertores para ver se notavam alguma
diferença.
A maioria não conseguiu: só
50% dos donos acertaram, uma quantidade incapaz de comprovar qualquer teoria.
Em uma pesquisa parecida, contudo, quase 90% dos donos de cachorros conseguiram
reconhecer seus bichos de estimação, talvez pelo fato de que os cães investem
menos tempo e energia limpando os próprios pelos, como fazem os gatos.
2 - Caça
A ciência sugere que gatos
não são assim tão bons em caçar ratos, mas os morcegos-vampiros (!) podem ser
uma presa mais fácil.
“Gatos são predadores eficientes de vampiros”, concluiu
um estudo de 1994, que seguiu gatos que viviam em áreas rurais da América
Latina.
A presença de um gato nesses locais pode desencorajar o ataque de
morcegos-vampiros a cabras, porcos e vacas.
Mas em alguns casos, aparentemente,
os gatos esperam o morcego sugar o sangue da vítima — alimentados com sangue,
eles não voam com a mesma rapidez — para só depois atacá-los.
3 - Dieta do Garfield
Estudando os fatores que
contribuem para a obesidade dos gatos, nutricionistas especializados em animais
concluíram que a “negação” dos donos é boa parte do problema.
Quando 60 alemães
donos de gatos obesos foram entrevistados para um artigo do Journal of
Nutrition, em 2006, diferenças entre como eles e os cientistas enxergavam os
gatos ficaram claras.
Apenas uma pequena porcentagem admitiu que seus animais
de estimação estavam acima do peso.
“A maioria preferia usar eufemismos como
‘um pouquinho grande’ e não buscava ajudar o animal.”
O choque de realidade que
os donos de gatos precisavam ter, de acordo com os cientistas, pode ter relação
com a frequência que um gato aparece em público e na rua — bem menos do que um
cachorro, por exemplo.
4 - Álcool
Em 1946, gatos foram
alimentados com doses de leite enriquecido com álcool em um experimento
polêmico que buscava explorar os efeitos do consumo de álcool em gatos
estressados.
“Todos ficaram bêbados”, segundo descrição do estudo publicado no
periódico Psychosomatic Medicine.
Eles logo perderam a coordenação e tiveram
problemas para completar tarefas simples, como alcançar a caixa de comida.
“Alguns deles demostraram ter preferência por bebidas alcoólicas depois disso”,
notaram os cientistas.
5 - Gato autor
Nos anos 70, o cientista
Jack H. Hetherington, da Universidade Estadual de Michigan, precisava usar o
nome de mais um autor para que pudesse publicar seu artigo na Physycs Review
Letters: um jargão científico muito comum utiliza a palavra “nós” como pronome
das frases, justamente o que Hetherington fez ao redigir seu trabalho.
Para
justificar o uso de “nós”, o autor colaborador acabou sendo Chester, seu gato
siamês que logo ganhou o respeitado nome de F.D.C. Willard.
6 - Massacre
Os massacres chocantes de um
único gato foram catalogados em um estudo de 2007, Dezessete anos de predação
por um gato suburbano na Nova Zelândia.
O gato doméstico em questão era tão
letal que conseguiu erradicar o grupo de coelhos que vivia em seu quintal,
disseram os pesquisadores.
O dono do “gato delinquente”, Peng You, forneceu
todas as informações necessárias para a análise.
7 - A adoração pelos gatos
em cafeterias
Um fenômeno recente de
“cafeterias de gatos”, onde humanos pagam pela companhia dos felinos, tem sido
um presente para os antropólogos.
Uma pesquisa reuniu vários relatos de casos
curiosos em locais como esse.
“O gato aniversariante estava vestido com um
pequeno quimono rosa”, conta a pesquisadora Lorraine Plourde em um artigo
publicado no periódico Japanese Studies.
“Admiradores humanos reuniram-se ao
redor do gato para fotografá-lo comendo seu jantar e em seguida distribuíram
presentes para o felino.”
8 - Pelúcia
Para um experimento feito em
2012, pesquisadores observaram o que acontece quando gatos encontram um objeto
específico: uma coruja de pelúcia com grandes olhos de vidro.
Na maioria das
vezes ela foi cruelmente atacada.
A vingança veio em um outro
estudo, publicado pelo periódico The Journal of Applied Ecology.
Dessa vez, os
gatos eram de pelúcia e os pássaros foram os voluntários: os pesquisadores
posicionaram os brinquedos perto de ninhos de pássaros selvagens e observaram
suas reações agressivas.
Os animais ficaram tão perturbados que até diminuíram
a coleta de alimentos, o que poderia ameaçar suas chances de sobrevivência.
9 - O que fazem quando não
estamos vendo
Um artigo publicado em 2005
tentou responder à pergunta universal: o que os gatos fazem o dia todo?
Os
autores identificaram várias fontes de diversão para os felinos, como brincar
com esponjas, dormir em torradeiras e encarar uma variedade enorme de coisas —
alpacas, estacionamentos, flocos de neve e o sol, por exemplo.
Mas uma
atividade popular entre muitos deles foi a mais curiosa: olhar para o nada.
post: Marcelo Ferla
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