Hobsbawm relembra Tony
Judt.
Historiador
marxista vê uma relação "curiosamente contraditória" com seu colega,
morto em 2010.
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Eric
Hobsbawm
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Em recente texto para a
revista britânica London Review of Books, o historiador Eric Hobsbawm aborda a
carreira de seu colega Tony Judt, autor de obras importantes como Pós-Guerra –
Uma História da Europa desde 1945 (Objetiva).
De formação marxista,
Hobsbawm preocupou-se em aprimorar as análises históricas para criar mecanismos
mais eficientes de análises econômicas e sociais. Militante de esquerda,
participou do Partido Comunista da Grã-Bretanha e integrou o Exército Britânico
contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.
Em sua carreira, estreitou
relações com Tony Judt, que viria a morrer em 2010, vítima de esclerose lateral
amiotrófica. Relação esta que ele define, em seu texto, como “curiosamente
contraditória”, ao abordar a carreira acadêmica do historiador.
Embora ciente das
diferenças entre o pensamento de ambos, Hobsbawn afirma que, “no entanto,
nossos interesses intelectuais tinham algo em comum.
"Ambos sabíamos que o
século 20 só podia ser plenamente compreendido por aqueles que se tornaram
historiadores, pois viviam nele e compartilhavam sua paixão básica: a crença de
que a política é a chave para as nossas verdades assim como para nossos mitos”.
post: Marcelo Ferla
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