Feliciano Bonaparte
A questão é que, logicamente com este raciocínio, devemos pensar que não é algo obrigatório, o tratamento não é obrigatório, mas algo que pode ser utilizado por quem quiser, eis que nem todos são evangélicos, nem todos gostam de Feliciano e nem todos tem uma análise leviana e superficial do motivo não político do projeto, nada mais.
O grande problema e diga-se, só há problema, quando se dá ao "projeto" a finalidade política que está sendo dada a isto.
Vejam bem, uma coisa é se ter um projeto que possibilita a uma pessoa que possa estar confusa em relação a sua opção, ter a possibilidade de buscar segurança e convicção de que é homossexual e ficará bem se assumindo mediante tratamento psicológico. Outra coisa é o cunho político que está sendo dado ao "projeto".
Não pensem que é fácil assimilar que se é homossexual, o próprio homossexual ao pensar e sentir o que terá que enfrentar em nosso país, por assim ser, por ter nascido com uma cabeça correta em corpo errado, muitas das vezes recua em relação a sua decisão, ou seja, é o chamado ficar no armário, e quanto a isso não podemos dizer que não existe esse fenômeno, da mesma forma que devemos concordar que um tratamento acessível fará com que esta mesma pessoa saia do armário com maior segurança e convicção.
Voltando a pior das intenções, a política. É ai que fica grave, haja vista que na medida em que o projeto fora criado e aprovado por quem foi, ficam claras as intenções pelas quais este está sendo feito, basta ver os envolvidos, as pessoas políticas que são, e sendo assim ele (projeto) não pode prosperar. Em decorrência das limitações mentais de Feliciano, ele pouco percebe o próprio poder, a capacidade de influência que tem em relação a religião que representa e que já ultrapassou a religião católica, que sempre fora a dominante em nosso país laico.
Em sendo assim, não há como não se preocupar com o poder dado a Feliciano, na medida em que se deu, por intermédio de nossa Presidente Dilma, um rojão na mão de uma criança. Feliciano não é nada mais do que uma bomba relógio de caráter terrorista, não é uma bomba boa, até porque não existem boas bombas, e isso se dá, tudo em decorrência de fato social inegável que é o de se ter, atualmente, um volume avassalador de evangélicos no Brasil, dai a pólvora da bomba.
Interessa a Dilma, interessa a Feliciano e aos demais envolvidos como testas de ferro, independente de ser correta ou não a ideia. A questão se torna fácil, na medida em que não se coloca peso político nela e extremamente complexa e inflamada quando se põem sigla política em suas intenções.
A crítica a se fazer não deve ser tão somente em relação ao conteúdo do projeto de lei aprovado ou ao nome agressivo que lhe foi dado, deve ser, principalmente, analisado em relação ao estrago político que pode ocasionar, e esta consciência deve partir primeiramente dos próprios evangélicos, juntamente com os não evangélicos, sejam lá o que forem. Aí sim não haverá efetividade do projeto que se tornará lei, eis que ele não terá o cunho de obrigar homossexuais a deixarem de o ser, e desta forma, a partir do momento em que ele não for utilizado como lei, perde força, se torna inútil e letra fria desta.
Há que se raciocinar e entender o que está por trás de tudo isto, dessa manobra política da qual não faz parte tão somente o limitado Feliciano.
Marcelo Ferla
ADORO qnd escreve... vc é mto sensato!! maravilhoso Marcelo.
ResponderExcluirgostei
Regina Castro.