Outra questão e mais uma vez o STF esta com uma batata quente nas mãos.
O caso do envolvimento do senador Demóstenes, com Carlinho " o trampa", fez com que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pedisse ao Supremo Tribunal Federal (STF) que abrisse um inquérito para investigar o senador.
Entre os crimes a serem investigados constam os de corrupção passiva, prevaricação e advocacia administrativa. Pressionado pelas denúncias, Demóstenes deixa a liderança do DEM. Que novidade.
Demóstenes saiu fora dos holofotes, vazou do seu partido, o DEM, na velha tática do esquecimento, esquecido pelo tempo, por nós e pelo próprio STF.
Para que isto aconteça de forma impecável, além do já feito por Demóstenes, seus advogados entraram com um pedido liminar (urgente) perante o STF, com a alegação de que as investigações não foram monitoradas, por assim dizer, pelo próprio STF, o que torna, se isso for fato, tudo que foi feito até agora, inválido, em decorrência de inobservância legal procedimental, eis que quando da investigação de senadores o STF deve estar acompanhando tudo de perto e a alegação dos advogados é que isto não ocorreu.
Outro aspecto interessante é que o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, que é revisor no processo do mensalão e que a poucos meses atrás, foi implicitamente, acusado por seus colegas ministros, de retardar a análise do processo, podendo ocasionar com tal ato, a prescrição dos crimes dos mensaleiros, desta vez, figura como aquele que, atendendo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu aquele, a abertura de inquérito no caso Demóstenes, o que foi feito.
As peças estão postas no tabuleiro em mais um escândalo no planalto, mas se observarmos bem, todas elas são conhecidas e o tipo de jogo que se faz por lá, mais ainda.
Salvo em o STF não estar nem um pouco preocupado com a sua visibilidade de instituição íntegra, reta e respeitosa, situação que já está um tanto comprometida perante a sociedade (hoje o Poder Judiciário é um dos mais desacreditados do país), deve este ver bem nas mãos de quem determinadas coisas estão, pois o tal jogo que mencionei é os seguinte: cada carta tem seu valor e o coringa vale dois, e claro, o grande problema é a quantidade de coringas no baralho.
Espero eu que o jogo seja jogado e o STF conduza as coisas como elas devem ser conduzidas, mesmo este sendo um órgão muito mais político do que judiciário.
Mesmo assim, existem boas pessoas lá, é preciso acreditar, caso contrário, a barca vai afundar cada vez mais. Que o STF não fique com as duas mãos segurando duas batatas quentes, queimando os dedos e com cara de tacho.
Marcelo Ferla
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