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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Opinião do Blogueiro






Limpos ou não?        (texto de 20/10/2011)

 
Neste exato momento estava assistindo o belo futebol das meninas do Brasil contra a Costa Rica valendo medalha no Pan de Guadalajara, quando, de repente, meu alívio mental que dura aproximadamente de 90 a 95 minutos, dependendo dos acréscimos, foi interrompido por um horário político do PC do B.

O programa trazia uma moça, falando que o partido jamais havia se envolvido em nenhum tipo de escândalo político, que vinha sendo acusado de receber custeios de cunho eleitoreiro em decorrência de um desvio de verbas. Logo notei que se tratava no início do caso Manuela D’Ávila, pois a moça falava do caso da carta que envolve a deputada em um caso de recebimento indevido de valores para promover sua candidatura e que estava hoje em todos os jornais.

A verdade é que o PC do B, além disto, é o partido do nosso Ministro dos Esportes, Orlando Silva, supostamente envolvido em escândalos atrapalhados de recebimento de propina, de desvios de verbas, enfim, das situações em que só se envolvem aqueles que se locupletam com o dinheiro público, tudo feito, supostamente, nos porões da garagem do Ministério do Esporte. Tão criativo quanto as medidas que vem desencadeando o desastre da organização da Copa de 2014.    

Então, de forma legitima e legal, mas muito perigosa, o PC do B, vem até seus eleitores e diz que, em ambos os casos, não há qualquer envolvimento de seus dois políticos em nenhum dos casos que supostamente ocorreram e os quais têm, supostamente, como agentes o Ministro e a Deputada.

A respeito do assunto em sua parte técnica, faço minhas as palavras de Paulo Sant’Ana, na sua coluna de hoje no jornal Zero Hora, em que este critica não haver respeito em relação ao princípio constitucional da presunção de inocência e, que isto, ele só vê ocorrer no meio político, o que ele intitula como inversão de valores legais. O político já entra no rolo como culpado, sem sequer, muitas das vezes, poder se manifestar sobre o ocorrido.

Chamou-me também atenção o nobre colunista em seu texto ao mencionar que a maior parte das autoridades corre de uma CPI, enquanto Orlando Silva exige uma para por as coisas em pratos limpos, o que, a princípio, não seria uma atitude de quem está com conta pendurada no açougue.

De fato, nada foi provado, visto ambos os casos, ainda estarem em vias de investigação. Nem Manuela, nem tão pouco Orlando, foram declarados culpados de nada do que estão sendo acusados, nem de forma administrativa e/ou jurídica.

Mas isto faz do PC do B um partido que vem a televisão dizer que é um partido íntegro e que não está, nem jamais esteve ou estará envolvido em nenhum tipo de falcatrua já conhecida pela mídia e pelos seus eleitores. Como coloquei anteriormente, transita o partido em um ambiente nebuloso, nada foi provado, ok, mas ressalte-se que nem para o bem dos envolvidos e nem para o mal destes e, caso seja declarado um ou ambos culpados, tanto estes, quanto o seu partido são mentirosos e passaram por vexame em cadeia nacional.

A coragem que o partido teve, principalmente, no caso do Ministro Orlando Silva, vindo à televisão, em horário nobre, defender os seus interesses e sua integridade enquanto Ministro acusado e, garantindo que nada do que está sendo alegado é verdadeiro, torna-se uma faca de dois lados distintos e muito afiada, para todos.

E se por ventura restar provado que Manuela ou Orlando, em seus respectivos casos, ambos ou um ou outro é culpado? Como ficará a cara de quem veio ao povo e a quem nele(s) votou garantir que nada tinha a temer e que mais, tinha todas as provas a seu favor para sair do rabo de foguete em que se metera?

Há que se entender ainda dois aspectos que acho terem sido pouco explorados e levados até os eleitores e população em geral.

No caso de Orlando Silva  a que se entender que qualquer cadeira de Ministério é almejada por um partido político. Se falarmos da cadeira do Ministério dos Esportes que, juntamente com seu titular, entrará para a história, principalmente, se Dilma se reeleger, pelo fato de ter sido este Ministério, juntamente com seu titular e governo que faz parte ter sido responsáveis pela ocorrência dos dois maiores eventos esportivos do mundo em nosso país.

Já no caso de Manuela D’Ávila, o outro ponto a ser analisado é o poder de voto que esta jovem política tem e que, bem provavelmente, será utilizado para fazer com que a mesma com PT ou sem PT, chegue até a prefeitura de nossa capital, de forma, talvez, tão histórica e avassaladora, no que se refere ao numero de votos alcançados, quanto os dois eventos bem sucedidos e geridos por seu mentor na cadeira do Ministério do Trabalho.

Seria uma tentativa estratégica de gerar uma derrubada de dominós? Por que não?

 De duas uma. Ou realmente a deputada Manuela e o ministro Orlando têm plena certeza e consciência de que nada fizeram e deram à face á tapa ou, ambos, tem uma cara de pau tamanha e típica dos políticos de nosso país, fato que só viria a mostrar que realmente anda muito difícil de acreditar em alguém e que a coisa toda não tem mais jeito, ao ponto de dois políticos até então bem vistos, alegarem e sustentarem a todos, não só aos do meio político, que eram inocentes e não o eram, eram culpados.

Espero realmente que ambos sejam inocentados e que a inocência de ambos seja algo extremamente cristalino, sem deixar qualquer rastro, com uma clareza total, caso contrário, não saberei mais o que dizer de nossa política, muito menos em quem eu poderei votar nas eleições vindouras.  
 
Marcelo Ferla

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