Opinião do Blogueiro

Alguns dizem que não sou uma pessoa espiritualizada.

Sofro esse tipo de preconceito, principalmente, por vir de uma família extremamente católica, tendo dentre os membros pessoas um tanto radicais a respeito do assunto, fato este que não faz com que se necessário, eu deixe de fazer o que for preciso por elas e amá-las.

Fui batizado, catequizado e crismado, tudo contra a minha vontade, pois, em nenhuma das três ocasiões me foi perguntado se queria seguir aquele Deus e aquela doutrina.

Hoje, mais crescidinho, decidi que não quero seguir aquela doutrina, nem aquele Deus, o respeito, mas a doutrina criada em torno dele, por simples homens, como todos nós, traz posicionamentos os quais não concordo e dos quais não faço parte. Já me manifestei aqui em texto sobre o encontro de jovens com o velho Bento XVI.

Acho que todos temos que ter uma fonte existencial, seja ela puramente espiritual ou sética. Costumo dizer que não importa no que o homem acredita, necessário é acreditar em algo.

Se ele um dia acordar, abrir a porta de sua casa e, ao estar caminhando, encontrar no chão de seu pátio uma pedra a qual ele ache linda, colocar esta ao lado de sua cama e decidir que, a partir daquele momento, ele será uma pessoa de bem e fará o bem a si e aos demais e que seu Deus será aquela pedra, está feito, não há mais o que discutir, temos uma pessoa de bem no mundo e espiritualizada.

O que não concordo é com as coisas que os homens ditos de bem e nomeados representantes de Deus na terra, dizem fazer e não o fazem, utilizando do poder que a eles foi dado por outros homens e não por Deus, para conduzir as coisas aos seu desejo.

Tenho um pensamento: "O problema jamais foi o que as coisas são, mas sim o que o homem faz com estas coisas quando põem suas mãos nelas".

Vá e siga a sua doutrina, está escrito em seu livro sagrado e como representante e seguidor do seu Deus, deve obedecê-lo e servir a ele Bento e deixe de tentar ser o que jamais foi.

Marcelo Ferla