Manifesto

Coitadinho é a mãe!

Todos sabem, sim por que todos deveriam saber, que esta se comemorando, a partir de hoje, a Semana do Deficiente Físico.

As pessoas portadoras de qualquer tipo de deficiência física são pessoas definitivamente especiais, não no sentido pejorativo, pois considero pejorativa e preconceituosa a atitude de determinados cidadãos em rotular e tratar estas pessoas como se coitadinhas fossem o que é algo ridículo e absurdo.

Como já escrevi aqui em outros textos a respeito do assunto ou quando da menção dos deficientes físicos nos textos, reforço minha idéia de que estes não devem nunca, nem podem ser tratados como se coitadinhos fossem.

Cara, isso deve irritar por demais eles. Querem saber?

OPORTUNIDADE é a palavra.

O que é necessário é que sejam dadas as mais variadas oportunidades e benefícios a estas pessoas, como vagas preferenciais em qualquer tipo de transporte público e que estes espaços sejam respeitadas por todos, fato este que não ocorre em nosso Estado, oportunidades de trabalho com o reenquadramento destes e/ou a admissão dos mesmos em qualquer cargo público ou privado sem a ocorrência de distinção de qualquer espécie, principalmente quando estes são vitimados por acidentes de trabalho, fato também pouco existente em nosso mercado de trabalho, a colaboração intensiva dos órgãos e instituições de saúde, para que assim, estes tenham tratamentos adequados prestados por estes para a sua perfeita recuperação e, por fim, que as ruas, escolas, lojas, farmácias, ou seja, TODO lugar, TODO, tenha acesso facilitado a estes, principalmente aos cadeirantes, que sofrem profundamente com este despautério das “autoridades”.

Para que nosso país realmente se torne um país de primeiro mundo, ocupando uma poltrona de relevante importância na ONU, não basta que sua economia esteja em avançado desenvolvimento e que o fato seja uma dor de cabeça para os poderosos países que lá já estão.

Faz-se necessário que o país seja completo, no sentido de cumprir com suas obrigações de cidadania, tanto por parte do Estado, quanto por parte de seus cidadãos, pois somos nós que temos as atitudes nas mãos para que possam estas ser ou não utilizadas com naturalidade, educação e serenidade.

Desta forma, é de suma importância que os nossos amigos e irmãos deficientes físicos não sejam tão somente auxiliados com uma ação de terceiro no conduzir de sua cadeira de rodas em local íngreme, é necessário que ele, deficiente físico, tenha acesso ao local sem que este seja íngreme e que de preferência este caminho seja em direção a escolaridade e ao trabalho em iguais direitos aos que possuímos.

Marcelo Ferla