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domingo, 1 de novembro de 2015
Daniel Feix: filme "Os 33" é emotivo e fake.
Daniel Feix: filme
"Os 33" é emotivo e fake.
Longa
que dramatiza caso dos mineiros chilenos presos em 2010 estreia nesta
quinta-feira nos cinemas
Por: Daniel Feix
Antonio Banderas (centro ao) é na frente de grande elenco
Foto:
Fox / Divulgação.
Os 33 é um tributo aos
mineiros que atraíram os olhares de todo o mundo cinco anos atrás. Como tal, é
emotivo. Isso envolve o espectador em alguns momentos, mas, em outros, quando a
diretora Patricia Riggen perde a mão, escancara um problema que está na origem
do projeto: trata-se de um filme contaminado por suas concessões.
Fala-se praticamente só
inglês em Os 33, já que, não fosse assim, os norte- americanos não o
assistiriam – e o mercado doméstico é fundamental para a máquina de Hollywood. Não há freios na tentativa de humanizar os heróis, o que os deixa com perfis
semelhantes – o contrário do que se presume ocorrer naquelas condições
propícias a ataques de nervos. Mas não deixaria de haver um vilão, e o roteiro
baseado no livro de Hector Tobar trata de personificá-lo tão rapidamente na
figura do dono da mina que sua indiferença para com os operários soa fake.
Esse, aliás, é um problema
da diversidade do elenco: há tantos e tão diferentes sotaques que raras
situações construídas realmente parecem espontâneas. O naturalismo, que poderia
fazer tão bem às sequências de confinamento, passa longe de Os 33.
Pior do que o
estranhamento ao ver a grande atriz chilena Paulina García (de Gloria) falando
em inglês em seu próprio país é o constrangimento ao qual foi submetida
Juliette Binoche, aqui caracterizada como a mais estereotipada das vendedoras
de empanadas já vistas no cinema. Tudo bem que é um filme "para gringo
ver". Mas a história pedia muito mais do que isso.
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