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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Opinião do Blogueiro





Insanidade Social.

Dia destes, estava olhando um documentário na televisão fechada, sobre o maior fenômeno que o boxe mundial em sua categoria de pesos pesados já possuiu. 


Seu nome foi Mike Tyson.

Durante muito tempo fiquei na dúvida sobre o acontecimento o qual levou o mais jovem campeão mundial de pesos pesados (18 anos de idade na época) a cadeia. Era verdadeira ou não aquela acusação de estupro?, uma vez que Tyson sempre demonstrou ser, digamos, fraco de cabeça, o que facilmente poderia ter feito com que este caísse em uma armadilha, por não ter mais serventia àqueles que ganharam muito dinheiro com a sua imagem, enquanto esta prestava.

Eis que depois de alguns anos e, principalmente, depois da mordida que este deu na orelha de Evander Holyfield e de assistir a este documentário em especial, minhas dúvidas se dirimiram, caíram todas por terra. Estava consumado, Tyson é um desequilibrado mental.

Tyson é um homem que ao longo de toda a sua vida, demonstrou a sua debilidade mental e, conseqüentemente, um desequilíbrio digno de um campeão. Não cheguei a esta conclusão de forma leviana. 

Vi e ouvi coisas de Tyson (um cara que era uma máquina de dar socos, que batia tão rapidamente em seus adversários que alguns, à época, diziam que ele usava os cotovelos contra o adversário, tornando assim, mais violento o efeito de seus golpes fatais), se tornar um homem de golpes previsíveis, golpes estes, que a exemplo desta coisa dos cotovelos, não adiantaram de nada, uma vez, que o fenômeno já em frangalhos, não se mantinha mais em pé, pois fora derrubado por escândalos, não podendo dar, nem ser exemplo para nada. Nem cotovelos, nem mito. Tyson era uma mentira, um lobo com raiva, em pele de cordeiro.

Tyson neste documentário, disse que ao ver uma mulher, sentia vontade de possuí-la de tal forma a colocar esta em situação de submissão como se fosse uma “presa a ser caçada”. Desferiu o desequilibrado ex-campeão: “Gosto que as mulheres fiquem me olhando, por um tempo, meia hora ou mais, que fiquem me admirando por um tempo como se fossem uma presa sentindo que será abatida por seu predador e, depois, faço exatamente isto, dando a elas todo o prazer que jamais terão com outro homem que não seja eu”, sentenciou o insano.

Quanto a sua insanidade, loucura que demonstrou ter quando chorou, antes de entrar no ringue pela primeira vez em sua vida, dizendo que seria esmagado por seu adversário, não se tinha mais dúvida.


Ao relembrar de tudo isto, confesso que isto sempre foi visível, eu que não notara, talvez facinado por aquelas noites, que viravam madrugadas, que viravam segundos de pura precisão através de um fenômeno do esporte mundial.

No outro dia, todos, todos diziam: "Nossa, não durou nada, fiquei a madrugada toda esperando, ele foi lá e detonou o cara em um round."

Tyson tinha um medo insuportável de apanhar em sua primeira luta e, ao contrário disto, como em quase toda sua carreira, esmagou o seu adversário em segundos, com golpes incrivelmente fortes, vorazes, impiedosos como a infância do novo lutador que ali surgia, lutador este alimentado por um bairro violento, sem lei, o qual viveu, ainda menino, sempre de testa enrugada e olhar baixo, violência desenfreada nas ruas, participando de roubos, brigas, dentre outras coisas, todas pesadas, ou seja, se estava diante de um passado que trazia em si a típica matéria prima para a montagem de um louco, assim como é típica a montagem de um pinheiro de natal, onde a que se ter as bolinhas, algodão banco que imita neve, botas enfeitadas, renas, estrela na ponta da árvore, etc.

A insanidade, loucura ou demência são todas coisas iguais, que quando demonstradas por um ídolo, torna-se muito perigosas, podendo, sem que notemos, formar uma série de loucos no mesmo formato do ídolo maior, do mito. Serei como Tyson, pois sou negro, sou pobre, sou excluído, não necessariamente todas estas coisas nesta ordem. E isto acontece, podem apostar.

A questão toda, muito perigosa, é que ela passa batida por nossas mentes. O fato de que ao longo desta vida que temos, criamos vários ídolos insanos, pessoas que admiramos, mas que quando tem suas vidas reais e não alter egos, reveladas para nós, nos deparamos com vidas como elas realmente são, palpáveis e aí pode já ser tarde para aqueles que acreditaram cegamente nessa imagem santa.

Demonstram estas personalidades, mitos, alter egos em sua composição, um desequilíbrio absurdo da parte de seus donos, algo amedrontador, algo que até me faz pensar que hoje em dia, para se obter êxito, na maior parte dos casos, o ídolo em altíssimo nível, precisa ser ou se tornar, por meio de ferramentas dispostas a sua frente, ao seu alcance, um louco, viver loucamente até que tudo termine ou até que ele termine, morra.

Tudo isto pode, não somente acontecer com ídolos no sentido “Róliudano”, mas através de nossos pais, amigos, enfim, alguém que nos traga uma forte referência de modo de vida, pessoas que tomam as vezes de ídolo, mito, que fazem você dizer, "serei como ele", sem sentir que será ele não somente no bom sentido e boas coisas quee ste aparenta ser. Quando se leva, o pacote vem completo.   

Nós, enquanto sociedade que somos, criamos uma gama de estereótipos heróicos, míticos, mas também violentos, inescrupulosos, abomináveis, talvez, por termos hoje em dia justamente tudo como uma grande bola de banalização, do tipo tudo pode, eles podem tudo, são ídolos, usam drogas, matam, ferem, batem, violentam, mas são maiores que tudo isto. E tudo isto, junto e misturado, dá no que dá. O pacote completo.

Vejam vocês que nos dias de hoje, chegamos ao absurdo de não termos mais em nossos hábitos a demonstração de carinho, mas sim, de formarmos em nossa volta uma armadura como a que Starks usa em o Homem de Ferro, tudo para não nos machucarmos. Há que se recordar que Starks tem um severo problema sabem onde? No coração. Interessante não.

Muitas vezes já vi matérias televisivas em que se colocava um individuo na rua interagindo com outros de modo a conceder, de graça, abraços e, muitas das vezes, quase todas, este era visto como alguém louco, demente, as pesoas se afastavam assustadas. Era bom demais para ser deste tempo, desse mundo em que vivemos.

Hoje em dia, ser demente, perigoso, é querer dar beijo, abraço e não dar tiro, matar, furtar, roubar, estuprar, ser acima do bem e do mal. 


Este último é o mito, a lenda.

Aí, abro o jornal e me deparo com tudo isto que escrevi materializado em um só acontecimento, uma matéria de jornal. A notícia trazia o caso em que pai e filho, abraçados, foram violentamente espancados por um grupo de loucos, loucos estes que julgaram arbitrariamente pai e filho, como sendo um casal homossexual e, em sendo homossexual, meteram o  pau neles, literalmente.

O pai de 42 anos, além de ser covardemente espancado, juntamente com o seu filho, teve uma das partes de sua orelha mordida e, claro, arrancada por um de seus agressores. Seria o reflexo do pacote? Vai saber. Pura loucura, insanidade, algo digno de um Hannibal, de um Tyson, digno de um desequilibrado, demente, insano.


A cada dia, uma surpresa, não sei mais o que esperar, tudo me parece possível e, assim, cheguei à conclusão de que não posso parar de dar minha opinião a cerca de assuntos dessa natureza, na esperança de que jovens e pais jovens e pais de jovens, leiam e dêem este texto ou algo muito melhor do que este, o que não é nada difícil, para seus filhos lerem.

Ler e aprender desde o início, sabermos que somos mortais, humanos, nada mais e, como tais, devemos aprender a forma como as coisas devem ser compreendidas e feitas.

Ensinar as gerações vindouras que uma idéia é algo que surge a partir de alguém que pensa e que este pensamento é livre. Que ser livre e bom não é vergonha, nem mesmo fraqueza.

O ser humano possui livre arbítrio, pode pensar e fazer o que quiser, mas deve saber este que seus atos possuem conseqüências e, o mais importante, QUE AS PESSOAS, ASSIM COMO ELAS, SEUS IGUAIS, POSSUEM, TODOS, LIVRE ARBÍTRIO PARA PENSAR, OPINAR E OPTAR PELO QUE BEM ENTENDER, DESDE QUE NÃO PREJUDIQUEM A SÍ E AOS DEMAIS.

Digam-me qual o problema de um casal homossexual andar de mãos dadas, abraçados e se beijarem? 

Segundo os monstros hipócritas, machistas, escrotos e criadores de seus monstrinhos caseiros, todos a sua semelhança,a cham normal a situação, desde que seja o inverso, ou seja, se são duas mulheres se pegando, se chupando ou transando estes, nojentos e pútridos que são, adoram olhá-las, desejá-las, masturbarem-se e gozarem de prazer com elas, viva os puteiros, a medilcridade da mulher, a humilhação, a prostituição infantil,  malditos hipócritas machistas.

Quando que vamos deixar, todos, de sermos machistas, onde o sexo entre duas mulheres é possível e prazeroso para todos e o abraço carinhoso, amigável, de parceiros bem resolvidos ou de pai e filho não pode ocorrer naturalmente sem ser sentenciado com porrada?

Estamos invertendo as coisas, ficando insanos, comendo e consumindo escrementos ideários, ficando contaminados por preconceitos e mais, pré-conceitos tamanhos, que agimos por osmose, não queremos que um dos nossos seja atingido por tais imagens, tais idéias ou liberdades.

Deus me livre ter um filho gay. Deus me livre ter uma pessoa sensível, amável, inteligente, esclarecida. Olha lá, o filho do João parece ser meio, vecê sabe (risos). Prefiro um insano, skinhead, neonazista, isso sim é ser homem, macho, um louco e eu, pai e/ou mãe, nem sei que ele é assim e faz parte de algo assim, que importa, ele sempre foi carente.

Não cometamos este erro ou estaremos sujeitos a reconhecer o corpo de um dos nossos no necrotério, morto por espancamento, decorrente de ter ele, sido confundido com uma “bixona”.


Não cometa o erro de pensar: “sem problemas, não me preocupo com essas coisas, isso só acontece com os outros.”

Marcelo Ferla

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